Por Luiz Minici / FPF
Foto: GazetaPress
Serginho Chulapa, na época em que defendia o São Caetano, de uniforme vermelho
Nascido para fazer gols, o ex-atacante Serginho Chulapa marcou seu nome na história de dois dos principais clubes do futebol nacional: São Paulo e Santos. Dono de personalidade forte e tentos por onde passou, o ex-jogador ia às redes pela última vez em sua gloriosa carreira em 31 de março de 1993, no empate, por 1 a 1, entre São Caetano e Ferroviária pelo Paulistão de 1993.
Revelado pelo São Paulo, Serginho é o maior artilheiro da história do clube do Morumbi, com 242 gols. Pelo Tricolor, o ex-jogador conquistou o título do Campeonato Brasileiro, em 1977, além do tricampeonato paulista, em 1975, 1980 e 1981. Ao todo, o goleador defendeu as cores tricolores de 1973 até 1982, sendo emprestado em 1973 para o Marília.
Após grande sucesso no São Paulo, Serginho foi negociado com o Santos, onde também marcou história, tornando-se o segundo maior artilheiro do clube após a era Pelé, com 104 gols, mesmo número de João Paulo. Neymar é o líder com 138 gols em 225 partidas.
Pelo clube da Vila Belmiro, Serginho foi fundamental na conquista do Paulista de 1984, quando marcou o único gol da final daquela edição diante do Corinthians. Também com a camisa alvinegra, foi o principal goleador do Campeonato Brasileiro de 1983.
Depois do Santos, Serginho ainda defendeu o Corinthians, times de Portugal e Turquia, Santos novamente e Portuguesa Santista, antes de chegar ao São Caetano, em 1991. Defendeu o clube do ABC por três temporadas, anotando ao todo, 12 gols, sendo o último no empate, por 1 a 1, diante da Ferroviária pelo estadual de 1993.
Na oportunidade, no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, os afeanos abriram o placar aos 38 minutos, com o atacante Romildo, e Serginho anotou a igualdade aos 44 minutos da primeira etapa, decretando o empate. Quem também defendia o São Caetano nesta época era o lateral direito Zé Carlos, que chegou à Copa do Mundo de 1998.
Histórias em Copa do Mundo - Sendo um dos principais goleadores do Brasil em 1977, Serginho Chulapa vinha sendo convocado por Claudio Coutinho para a Seleção Brasileira e era “nome certo” na Copa do Mundo do ano seguinte, na Argentina.
Mas por conta do seu temperamento explosivo, não concordou com a marcação de um impedimento diante do Botafogo, em Ribeirão Preto, pelo Brasileiro de 1977, acabou agredindo o assistente e foi suspenso durante um ano, ficando de fora do mundial.
Quatro anos mais tarde, Serginho foi titular do ataque que encantou a todos na Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Ao lado de Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates, Zico e Éder, o ex-goleador anotou dois gols naquele mundial, na primeira fase contra a Nova Zelândia e pelo Grupo 3 -segunda fase- no clássico contra a Argentina. Posteriormente, o Brasil foi eliminado pela Itália, que conquistou o título daquela edição.
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