Foto: Gazeta Press
Fernando Diniz, pelo Flamengo, em partida contra o São Paulo: 12 jogos e apenas um gol
O hoje treinador do São Paulo Fernando Diniz está completando 46 anos neste 27 de março de 2020. Adorado por uns e odiado por outros, seu estilo de comandar as equipes é bem diferente do que se vê nos técnicos brasileiros. Em sua época de jogador, passou por vários clubes grandes e um deles foi o Flamengo, no ano de 2003.
Fernando Diniz era meia e começou no Juventus, em 1993, e se destacou na temporada de 1995. Em 1996, teve uma rápida passagem pelo Guarani e em seguida foi contratado pelo Palmeiras, com ajuda da Parmalat, que depois do Paulistão avassalador, resolveu sair levando os destaques dos pequenos. Depois, passou por Corinthians, Paraná Clube e Fluminense, onde voltou a ter bons momentos, principalmente sob o comando de Oswaldo de Oliveira.
Porém, em 2003, o treinador do Tricolor já tinha mudado, era Renato Gaúcho, que passou a dar poucas chances ao meia. Assim, ele pediu para ser negociado e o Flu armou uma troca com o Flamengo, que mandou Lopes Tigrão para as Laranjeiras e, com isto, Fernando Diniz desembarcou na Gávea, a pedido do técnico Nelsinho Baptista.
A estreia do jogador no Rubro Negro foi, por coincidência, em um Fla-Flu. Ele entrou no lugar de Fábio Baiano, na vitória do Flamengo por 4 a 1, pelo Campeonato Brasileiro de 2003. Mas apesar do grande placar em sua estreia, a passagem de Fernando Diniz pelo clube da Gávea foi longe de ser feliz.
Aquele foi o primeiro Campeonato Brasileiro disputado por pontos corridos e Fernando Diniz fez poucos jogos perto do que cada equipe disputou. Ele atuou apenas em 12 das 46 partidas que o Flamengo fez naquela competição, muito por causa das diversas lesões que teve durante a sua passagem.
O único gol que Diniz marcou com a camisa do Fla foi no empate em 1 a 1 contra o São Caetano, no estádio Anacleto Campanella, em jogo válido pelo Brasileiro. Ele roubou a bola, entrou na área e chutou cruzado no contrapé do goleiro Silvio Luís.
Além disso, a campanha do Flamengo não era das melhores. Apesar de ter nomes como Edílson, Júlio Cesar, Felipe Fábio Baiano e Ibson, a equipe não rendia. Porém, os problemas extra-campo eram grandes. O clube vivia com problemas econômicos, os salários estavam atrasados e havia muita briga política. Isto acabava influenciando dentro de campo.
A campanha dentro de campo era ruim, com o técnico Nelsinho Baptista sendo demitido em julho, após derrota para o Fortaleza, em casa. Para seu lugar foi trazido Oswaldo de Oliveira com a ajuda de Edílson Capetinha e do próprio Fernando Diniz, que já haviam sido comandados pelo treinador em outros times. Oswaldo ficou por pouco tempo e se demitiu após uma vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, cansado dos problemas do clube.
O Flamengo quase fechou com Geninho, mas quem ficou com o lugar de Oswaldo foi o seu irmão, Waldemar Lemos. No momento do anúncio, feito pelo diretor de futebol Eduardo Moraes, o Vassoura, após pergunta do repórter da ESPN Brasil, Cícero Melo, os torcedores que estavam presentes no local soltaram um "Ah, ah, ah! Fora Waldemar!", frase que virou 'meme' em uma época em que nem se usava essa nomenclatura.
Apesar disto, até que Waldemar Lemos deu uma ajeitada no time do Flamengo. Em 10 jogos, foram cinco vitórias, duas derrotas e três empates. O time terminou na oitava colocação do Brasileiro. Já Fernando Diniz se despediu do Rubro Negro na vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo no Morumbi na última rodada do Nacional.
No final do ano, Waldemar foi demitido. O técnico contratado para seu lugar foi Abel Braga, que não chegou a trabalhar com Diniz na Gávea, pois o meia se transferiu para o Juventude em 2004. Depois, ele atuou por Cruzeiro, Santos, Paulista, Santo André, voltou ao Juventus e encerrou a carreira no Gama, em Brasília. Em 2009, no Votoraty, iniciou como treinador.
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