Por Lula Terras
Foto: Ivan Storti/Santos FC
Guarani e Santos, em Campinas, foi com torcida única
Está cada vez mais difícil acompanhar o futebol brasileiro, principalmente para quem ama a modalidade que, a cada ano, perde espaço para outras modalidades, como o voleibol e o futebol de salão, que lotam as quadras e já tem seu espaço cativo na mídia televisiva. Além da qualidade sofrível demonstrada em campo, temos a lamentar, outro absurdo quem vem acontecendo, a imposição, por parte das autoridades polícias para a realização de partidas, com torcida única, como aconteceu neste final de semana, em Araraquara e Campinas.
Válidos pela segunda rodada do Campeonato Paulista da Série A, em Araraquara o jogo entre Palmeiras 0 a 0 São Paulo e, em Campinas, Guarani 1 a 2 Santos, os torcedores são paulinos e santistas, mesmo os que residem nas redondezas dessas cidades, ficaram proibidos de assistir o jogo de seu time, no estádio.
Para mim, a imposição, que vem desde 2016, atingindo os quatro grandes de São Paulo, em seus estádios, está sendo extrapolada, por parte dos responsáveis pela segurança, atingindo agora, o Interior do Estado, onde residem milhares de torcedores das grandes equipes paulistas. O argumento de evitar os confrontos entre os torcedores no estádio, não cola, é só acompanhar os noticiários pós-jogo, que mostra os confrontos, acontecendo em outras localidades, geralmente, convocadas pelos líderes de gangues, através das redes sociais.
Fica então uma sugestão à Federação Paulista de Futebol, que recebe muito dinheiro, durante suas competições. Uma vez que as autoridades, sob o argumento de não ter homens o suficiente para o serviço, não permitem jogos com duas torcidas por que então não contrata empresas especializadas em segurança, com funcionários capacitados para controlar situações de risco e deixa para a Polícia Militar, a função que já é sua, de colocar seu serviço de inteligência para, um trabalho preventivo, como monitorar os grupos violentos, através de suas redes sociais, e garantir a segurança nas ruas próximas ao estádio. Se houver outras medidas mais eficientes que as coloquem em prática, é sempre melhor do que manter os torcedores longe dos estádios.
A continuar assim, muito em breve não teremos mais jogos abertos à qualquer torcedor, como sempre foi sua essência.
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