Foto: arquivo Crónica Paraguay
O goleiro com a camisa do Cerro Porteño
Um dos grandes goleiros do futebol carioca na virada dos anos 80 para os 90 está completando 55 anos neste 23 de janeiro de 2020. Ricardo Pinto, que defendeu o Fluminense no período citado, ao sair do Tricolor defendeu o paraguaio Cerro Porteño, entre 1992 e 1993, fato que não é lembrado por muita gente.
Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, no ano de 1965, Ricardo Pinto começou nas categorias de base da Desportiva Ferroviária, de Cariacica, em 1982. Começou a se destacar e foi levado para o Fluminense dois anos depois, onde se profissionalizou e teve uma boa fase em 1990, onde chegou a ser sondado por Sebastião Lazaroni para ir à Copa do Mundo daquele ano, mas acabou sendo preterido por Taffarel, Acácio e Zé Carlos.
Apesar das boas apresentações pelo Flu, Ricardo Pinto pegou uma época de 'vacas magras' nas Laranjeiras. O clube não conseguia conquistar títulos e jogadores e comissão técnica eram muito pressionados. A diretoria, não sabendo o que fazer, trocava "os pés pelas mãos" e em uma decisão muito contestada, decidiu não continuar com o goleiro, em 1992. Aí veio o Cerro Porteño, que contratou o goleiro por empréstimo.
"Cheguei em 1992, com o campeonato em andamento. O Valdir Espinosa era o treinador junto com o Rivelino Cerpa (preparador de goleiros e filho do técnico). Isto pesou na minha escolha", afirmou o ex-goleiro, em entrevista ao Lance!.
Ricardo Pinto, na mesma entrevista, disse que encontrou um clube com muita estrutura. "Quando eu chego ao Cerro, vejo um clube muito organizado, sério, com bastante torcida e isso me motivou bastante. Apesar de ter achado um pouco estranho sair do Fluminense", disse.
Dentro de campo, a situação foi se acertando e os resultados vieram, com direito a despachar o rival Olimpia na semifinal do Campeonato Paraguaio. "Fui muito bem acolhido, o campeonato foi bem legal, chegamos às semifinais contra o Olímpia e os eliminamos".
A campanha foi coroada com o título nacional, em cima do Libertad. "Ganhamos o ultimo jogo por 4 a 0, foi uma festa maravilhosa, a torcida lotou o estádio e aquele momento foi muito importante não só para mim, mas também para todos os envolvidos", explicou.
Em 1993, ainda defendeu o clube no início da temporada, mas, como o seu passe ainda era do Fluminense, teve que voltar ao futebol brasileiro e passou por Americano de Campos e União São João. Em 1994, foi para o Corinthians, onde foi reserva de Ronaldo.
Passou a jogar bastante novamente a partir de 1995, quando foi para o Atlético Paranaense, onde foi campeão da Série B, mas no ano seguinte acabou sendo agredido por torcedores do Fluminense ao fim de uma partida nas Laranjeiras, onde o Furacão acabou vencendo e praticamente decretando o rebaixamento do Tricolor, que foi revertido com uma virada de mesa.
Ricardo Pinto ainda defendeu Inter de Limeira, Iraty, Goiás e Joinville, onde encerrou a carreira em 1999. Depois, virou treinador, passou por diversos clubes e ainda chegou a ser candidato a vereador em Curitiba, no ano de 2012, quando teve 1.303 votos e não se elegeu.
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