Por André Louro
Foto: Rodolpho Machado/Veja
Sócrates em ação durante a Copa do Mundo de 1982
Respeito, gratidão, admiração, reverência, encantamento, curiosidade. Nunca e jamais algum jogador de futebol será capaz de despertar, ao menos em mim, tais sentimentos. Dr. Sócrates ou simplesmente Magrão para os amigos, dentre os quais, lamentavelmente para mim, não estive nesse rol de privilegiados. Conviver com a figura do Doutor Sócrates deve ter sido algo muito caro para quem teve a oportunidade.
Por mim, da arquibancada ou do sofá, foi uma enorme satisfação viver no tempo dele, assistí-lo desfilar seu futebol fácil e ao mesmo tempo refinado, inteligente e sofisticado, de cabeça erguida enxergando muito além dos outros.
Viverá eternamente o Doutor Sócrates dos passes de calcanhar, dos gols de cabeça ou dos chutes certeiros, dos toques mágicos, da liderança natural, dos punhos cerrados, do discurso inflamado que por vezes parecia nem combinar com o semblante tranquilo.
Ninguém jogará mais que Pelé, da mesma forma que, para minha geração, no Brasil, ninguém jogou mais que Zico, na mesma proporção que jogador algum foi mais brasileiro, mais irreverente, mais Sócrates que o Doutor camisa 8 do Corinthians e da Democracia Corinthiana.
Sócrates sempre estará presente.
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