Por Lucas Paes e Victor de Andrade
Foto: Gazeta Esportiva Press
Chicão atuando contra o São Paulo: defendeu a Briosa no Paulistão 2004
O ex-zagueiro Anderson Sebastião Cardoso, ou melhor, Chicão, é um dos grandes ídolos da história recente do Corinthians. Identificado com o Timão, ganhou diversos títulos no clube, incluindo Libertadores e Mundial. Porém, muito antes de atura pelo Alvinegro e também Figueirense e Flamengo, onde também chamou a atenção, Chicão era um andarilho do mundo da Bola. Entre andanças, ainda no começo de sua trajetória, ele fez parte de um dos bons times da Portuguesa Santista, a Briosa, no início da década de 2000, quando veio ao clube em 2004.
Depois de iniciar a carreira no Mogi Mirim, em 2000 e permanecer lá por três anos, Chicão chegou a equipe rubro-verde no final de 2003, para a disputa do Paulistão do ano seguinte. A Briosa vinha de excelente campanha no estadual da temporada anterior, quando caiu para o São Paulo, nas semifinais. Em 2004, montaria outro bom time. O comando da equipe foi trocado, já que Pepe estava indo para o Mundo Árabe (onde dirigiu Pep Guardiola) e o treinador foi Nenê Belarmino. Além disto, vários reforços chegaram e, apesar das mudanças, a Briosa fez bom papel na competição.
Naquele ano, a Briosa era muito forte jogando em seus domínios. Apesar de ter perdido para o São Paulo por 4 a 1 no Ulrico Mursa, a equipe venceu todos os outros adversários em casa. Normalmente jogando com três zagueiros (Chicão, Diguinho e Valdir), o time até tinha dificuldades fora de casa, mas um jogo no Pacaembu, contra o time que faria a história de Chicão mudar no futuro, chamaria a atenção.
Em 14 de março, a Briosa encarou o Corinthians no municipal de São Paulo. A Portuguesa Santista precisava da vitória para ir ao mata-mata. Já o Timão corria sérios riscos de rebaixamento. O time Rubro Verde "cozinhou" o Alvinegro, que mostrava estar muito nervoso com a situação, e venceu por 1 a 0, gol de Reinaldo. O Corinthians só não foi rebaixado porque o São Paulo venceu o Juventus, em São Caetano. Quase que Chicão foi um dos responsáveis por uma catástrofe corintiana, defendendo outro time. Depois, ele faria história no Timão.
Ainda teve mais um capítulo desta história. Segunda colocada no Grupo 1 (atrás apenas do São Paulo), a Portuguesa Santista enfrentou o Palmeiras (terceiro do Grupo 2) nas quartas da competição. Em um Ulrico Mursa apinhado, a Briosa saiu na frente, com gol de Beto, mas Vagner Love e Pedrinho viraram para o Verdão. No fim do jogo, Marcos pegou até pensamento, na pressão rubro verde, e no último lance, o goleiro palmeirense defendeu uma cabeçada à queima-roupa do também goleiro Cristiano, garantindo a classificação do Palmeiras. E assim, terminava a história de Chicão no Paulista 2004.
Foram 2 gols em 51 jogos com a camisa rubro-verde. Chicão deixou a Briosa rumo ao América de Rio Preto em 2005, continuando a caminhada que o levaria ao Parque São Jorge em 2008. Hoje ele tenta carreira como auxiliar técnico, estando no Boa Esporte atualmente. Só o futuro dirá se, desta vez em outra parte do futebol, o caminho dele cruze de novo Ulrico Mursa
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