Roger Milla marcando em jogo contra a Colômbia, em 1990 (foto: Getty Images)
Neste 20 de maio de 2019 um dos maiores jogadores africanos está completando 67 anos: o camaronês Roger Milla. Por causa de seus gols, ele tornou-se um dos principais atletas da história do seu país, e muitos o apontam como o melhor de todos os tempos, ganhando de Samuel Eto'o. Toda esta fama vem muito das redes balançadas em Copas do Mundo.
Depois de começar a jogar em seu país e ter ido para a França no final da década de 70, Roger Milla fez parte da grande geração camaronesa, que ganhou títulos no continente e se classificou para a primeira Copa do Mundo, em 1982. Apesar de ser considerada a grande esperança de gols, Milla passou em branco na Espanha. Camarões empatou em 0 a 0 com Peru (aliás, neste jogo ele teve um gol mal anulado) e Polônia e encerrou a participação com outro resultado igual: 1 a 1 com a Itália. M'Bida marcou para os africanos.
Em 1982, no jogo contra a Itália
Apesar de ter ganho a Copa Africana das Nações de 1984, Camarões ficou de fora da Copa de 1986, no México. Quatro anos depois, os Leões Indomáveis conquistaram a vaga para jogar o Mundial da Itália. Porém, Milla já tinha deixado o futebol francês, indo jogar no semiprofissionalismo das Ilhas Reunião (possessão francesa próxima de Madagascar) e já tinha ganho até um jogo de despedida da Seleção (onde foi importante no título africano de 1988). Mas o presidente do país, Paul Biya o convenceu de voltar ao time e com 38 anos ele voltou a defender a seleção.
O técnico da Seleção de Camarões, o técnico soviético Valeri Nepommiacij, soube bem aproveitar Milla. Por causa da idade, ele ficava no banco e entrava no segundo tempo e, assim foi importante para o time. Marcou os dois gols na vitória sobre a Romênia, na primeira fase, os dois contra a Colômbia, nas oitavas (sendo um deles roubando a bola de Higuita). Camarões acabou sendo eliminado pela Inglaterra, nas quartas, sendo a primeira vez que uma equipe africana chegava tão longe em Copa do Mundo.
Comemorando o gol contra a Rússia, em 1994
Com 38 anos, você deve pensar que Milla deveria ter se aposentado de vez da Seleção de seu país. Deveria, mas aos 42 anos, ainda atuando no país (no Tonerré Yaoundé), o francês Henri Michel, convencido novamente pelo presidente Paul Biya, resolveu convocar o centroavante para a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.
Milla não entrou na estreia, no empate contra a Suécia, e estreia naquele Mundial na derrota para o Brasil, por 3 a 1. Mas na despedida de Camarões do torneio, contra a Rússia, ele entrou para a história, ao marcar o único gol de seu time na derrota por 6 a 1. Por causa deste lance, Roger Milla tem até hoje o recorde de jogador mais velho a marcar em uma Copa do Mundo.
0 comentários:
Postar um comentário