Por Lucas Paes
Leopoldo Luque foi um dos mais brilhantes centroavantes argentinos nos anos 1970 e 1980. Campeão do mundo em 1978, é ídolo da torcida do River Plate, clube onde fez diversos gols em clássicos (incluindo cinco no mesmo jogo contra o San Lorenzo) e teve passagem marcante pelo Unión de Santa Fé. Já em final de carreira, nos anos 1980, veio jogar no Brasil, mais especificamente no Santos.
O ano era 1983 e o Santos passava por períodos complicados. Com apenas um título após a era Pelé, o Alvinegro Praiano, de torcida imensa na época, quando era a segunda do estado em média de arrecadação e de público, parecia pensar que os dias de glórias haviam chegado ao fim. Para reverter esse quadro, empresários e velhos patronos do Alvinegro Praiano, como Milton Teixeira, abriram os bolsos. Chegaram caras como Paulo Isidoro, Serginho Chulapa, Camargo, Dema, em definitivo. Por empréstimo, vieram Pagani e Leopolodo Luque.
O atacante argentino chegou a Santos para ser a sombra de Serginho Chulapa, divindade absoluta da centroavância brasuca e que se tornaria ídolo da torcida. Mas, apesar do nome, já vivendo uma decadência, Luque pouco conseguiu fazer pelo Peixe. Jogou apenas cinco vezes com o clube. Três delas foram pelo Brasileirão, em empate com o Cruzeiro fora de casa (1 a 1), em vitória contra o Paysandu em casa (4x1) e em empate contra o Moto Club no Maranhão. Sem oportunidades, acabou deixando pouca saudade no Santos.
A passagem é tão apagada que sequer é mencionada em entrevistas do próprio atacante argentino. Ainda jogou no Chacarita e no Textil Mandiyú antes de encerrar a carreira de boleiro. Depois, teve uma não tão bem sucedida carreira como treinador. É mais um de diversos argentinos que não foram tão bem no Santos, algo que, infelizmente na história do time praiano, é muito comum.
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