Por Lula Terras
Foto: Thayuan Leiras
Apontado como a solução para evitar tantos erros de arbitragem no futebol, o VAR, também conhecido por árbitro de vídeo, vem mostrando, ao menos no Brasil, que os resultados não são bem assim. Se nas competições européias, suas decisões não são contestadas, aqui, onde a malandragem do futebol continua resistindo aos novos tempos, se faz prevalecer pela grande pressão que é exercida junto aos árbitros de campo que, por sua vez, aproveita para transferir a responsabilidade, para os árbitros que operam o sistema.
Com a descoberta desta brecha, os atletas, principalmente os mais experientes promovem verdadeira pressão no árbitro de campo, para ao menos acionar o VAR. Um exemplo claro aconteceu no jogo entre Santos e Inter, na Vila Belmiro, onde o árbitro Rodolpho Toski (PR) se transformou no grande protagonista do espetáculo. Além de distribuir muitos cartões amarelos, tanto para atletas em campo, como para as comissões técnicas, teve o auxílio do VAR, para a tomada de decisões polêmicas.
O ponto alto de sua atuação aconteceu no pênalti cometido por um defensor do Inter, no atacante Rodrygo, do Santos. Toski anotou a infração, mas, diante da pressão dos defensores, com destaque para o goleiro Marcelo Lomba, que de tanto insistir, conseguiu que o VAR fosse acionado. Daí o resultado, todos já sabemos.
Aí, fica aquela pergunta que não quer calar. Se, o sistema que funciona com exatidão em países, onde o futebol é levado mais a sério, será que vai vingar no Brasil? Do jeito que está duvido muito, pois erros têm sido cometidos, também pelos operadores do VAR, principalmente, quando os critérios são definidos como interpretativos. Então, que se corrijam o regulamento, para evitar qualquer margem de erro, ou se cancela tudo, porque, o que tenho visto, não merece a confiança de torcedores e agremiações sem muito prestígio, junto às Federações estaduais e CBF.
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