Por Lucas Paes
Ademir da Guia é um dos maiores e melhores jogadores da rica história do futebol brasileiro. Maior jogador da história palmeirense para muitos, é quem mais vestiu a camisa do Alviverde Imponente na história. Mas, antes de fazer história vestindo verde, o fenômeno Ademir estourou no mesmo time de tantos dos seus familiares, incluindo o lendário Domingos da Guia, pai de Ademir: o Bangu, do Rio de Janeiro.
Depois de ter relutância do próprio pai com relação aos rumos no futebol, mas o talento do garoto venceu. Não acabou jogando na zaga como se esperava, mas sim no meio e ataque, conduzindo e planejando o time. Cresceu muito seu futebol nas categorias de base, onde poderia ter jogado a Olimpiada, já que era da Seleção Brasileira de Amadores, aos 17 anos, mas teve uma lesão. Estreou no Bangu em abril de 1960, aos 18 anos, em amistoso contra o Madureira.
Quem ensinou muito para Ademir também foi o brilhante meia Tim. O craque aliás, rapidamente perdeu posição para Ademir da Guia. Acabou que o “Divino” estouraria no Torneio de Nova York”, um campeonato com diversos times do mundo que tinha a intenção de promover o futebol nos EUA. Mesmo não jogando duas vezes, foi considerado o melhor jogador da competição, que terminou com a conquista alvirrubra. No Campeonato Carioca de 1960, porém, o Bangu fez campanha apenas mediana.
No ano seguinte, sob a batuta de Zizinho, os alvirrubros fizeram mais amistosos em 1961, incluindo aí uma passagem para a Europa. Nesta parte da excursão da equipe, Ademir da Guia teve atuação brilhante numa derrota por 4 a 3 para o Barcelona, encantando os catalães e também foi de novo destaque banguense no Troféu de Nova York, onde o time não conseguiu o bicampeonato. Era hora de focar no Campeonato Carioca. Porém, Ademir jogou apenas mais cinco partidas pelo Bangu antes de ser negociado com o Palmeiras, que pagou uma fortuna para ter os serviços do divino.
Entre amistosos e jogos oficiais, Ademir da Guia disputou 59 partidas pelo Bangu, marcando um total de 14 gols. O dinheiro de sua venda foi suficiente, por exemplo, para que fosse comprada uma casa para seu pai, no bairro carioca de Bangu. A partir de fevereiro de 1962, Ademir chegaria ao Verdão para formar a academia, um dos maiores times já vistos no planeta bola. Porém, sua raiz alvirrubra jamais pode ser apagada.
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