Por Lucas Paes
Giovanni fez três temporadas pelo Barcelona (foto: arquivo FC Barcelona)
Recentemente, o craque Leonel Messi tem ganhado em alguns lugares o apelido de Messias, sendo o argentino considerado talvez o maior jogador da história do Barcelona e até do futebol. Porém, quando Messi ainda era uma criança, os Blaugranas contrataram um meia brasileiros que ganhou esse apelido da torcida do Santos. Depois de vários heroísmos no clube da Vila Belmiro, Giovanni chamou a atenção do Barcelona, que o contratou por 10 milhões de dólares, preço alto para a época, no ano de 1996.
Ídolo absoluto da torcida do Santos, Giovanni se despediu em amistoso diante do Real Madrid, da Espanha, numa Vila Belmiro absurdamente vazia, cena impensável nos dias de hoje em um jogo que envolvesse o badalado time madridista. Despedida do Santos feita, era hora do Messias se aventurar na capital catalã. O meia já chegou mostrando um belo cartão de visita na Supercopa da Espanha, marcando dois gols diante do Atlético de Madrid. Na temporada 1996/1997, fez com Ronaldo Fenômeno uma dupla mortal, fazendo com que o Barça fosse bem na Recopa Européia, onde ajudou o time na campanha do título e no Campeonato Espanhol.
Foi protagonista também no título espanhol de 1997/1998. Mesmo tendo problemas com lesões, continuava se agigantando em jogos decisivos. Naquela temporada, além de gols em todos os clássicos com o Real Madrid, Giovanni marcou o gol do título espanhol, conquistado após vitória de 1 a 0 com o Zaragoza. Outra boa temporada garantiu sua passagem para a Copa do Mundo de 1998, onde foi discreto. Ai começaram os problemas com Louis Van Gaal, treinador que o meia futuramente descreveria como um “Hitler” para brasileiros.
Em sua terceira temporada no Barça, pouco jogava e vivia problemas com o treinador holandês. Ele tentava escalá-lo de volante e acaba tirando-o no intervalo das partidas. Em solidariedade com seu compatriota, Rivaldo chegou a comemorar um gol mostrando a camisa de Giovanni por baixo da sua. Acabaria deixando o clube catalão no fim daquela temporada, por mais de 10 milhões de euros pagos pelo Olympiakos. Numa aventura que inicialmente parecia loucura, mas transformou o brasileiro em uma divindade para a torcida dos Gavros.
Pelo Barcelona, jogou 107 vezes e marcou 35 gols. Apesar da conturbada saída, ganhou o respeito da torcida catalã pelas partidas expressivas em suas duas primeiras temporadas e pelos gols decisivos em clássicos. O Real Madrid, futura vítima das magias de Ronaldinho e principalmente da crueldade divina de Messi, foi vítima do Messias santista. Além dos gols, conquistou dois títulos espanhóis, uma Copa do Rei, uma Recopa Europeia, uma Supercopa Européia e uma Supercopa da Espanha pelo Barça.
Um atleta espetacular, um cidadão fantastico. Se hoje sou professor e pude estudar devo ao Giovanni e sua esposa. Que Deus abençoe sua vida Giovanni.
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