Vavá no Atlético de Madrid

Por Victor de Andrade
Foto: arquivo Atlético de Madrid

Vavá, no Atlético de Madrid, entre Garrincha e Didi, em um amistoso contra o Botafogo

Em 19 de janeiro de 2002, o mundo do futebol dava adeus a um dos maiores centroavantes da história: Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Bicampeão mundial com a Seleção Brasileira nas Copas de 1958 e 1962, o atacante foi ídolo das torcidas de Vasco da Gama e Palmeiras. Mas entre ter defendido estes dois grandes times Brasileiros, ele teve uma passagem marcante pelo Atlético de Madrid.

Nascido em Recife, 12 de novembro de 1934, Vavá foi descoberto com 14 anos por olheiros do América Pernambucano. Após passar, pela base, no Íbis e Sport, ele foi para o Rio de Janeiro, onde defendeu o Vasco, tornou-se um dos maiores atacantes brasileiros e virou jogador de Seleção Brasileira, titular na final da Copa do Mundo de 1958.

Por seu vigor físico, impressionante reflexo e faro de gol, chamou atenção da Europa durante a Copa do Mundo e foi negociado com o Atlético de Madrid, chegando no clube ainda em 1958. É claro que a chegada de um campeão mundial pela Seleção Brasileira chamaria a atenção de qualquer um e foi isto o que aconteceu com Vavá. E ele não decepcionou.

Logo de cara chegou marcando gols e conquistando a torcida. O "Peito de Aço" ia conquistando o seu espaço dentro da equipe. Na sua passagem pelo clube, ganhou duas Copas del Rey consecutivas (1959–1960 e 1960–1961) batendo o Real Madrid em ambas as decisões, e foi vice-artilheiro da Liga dos Campeões de 1958–59.

Podemos dizer que dos jogadores brasileiros que foram campeões do mundo em 1958 e se aventuraram na Europa, Vavá foi um dos que mais tiveram sucesso. Foram 31 gols em 71 partidas pelo Atlético de Madrid. Uma excelente marca! Porém, visando a Copa do Mundo de 1962, Vavá resolveu voltar ao Brasil ao final da temporada 1960/1961 e foi defender o Palmeiras (na época, jogadores que atuavam no exterior não eram convocados).

A mudança deu certo, já que Vavá foi novamente titular no bicampeonato. Depois do Verdão, ele ainda defendeu o América do México, o San Diego Toros dos Estados Unidos e a Portuguesa Carioca, onde encerrou a carreira em 1969. Ainda foi ser treinador na Espanha e no Qatar. Vavá faleceu em 19 de janeiro de 2002, vítima de um infarto agudo no miorcádio.
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