Leônidas foi o primeiro jogador brasileiro a utilizar o marketing e expandir a sua fama
(foto: arquivo CBF)
Está completando neste 24 de janeiro de 2019, 15 anos do falecimento do grande Leônidas da Silva. Dentro de campo, fica a lembrança de um super craque, que encantou o mundo principalmente por suas atuações pela Seleção Brasileira, Bonsucesso, Peñarol, Vasco, Flamengo e São Paulo. Já fora do gramado, ele ficou marcado pelo pioneirismo.
Leônidas foi o primeiro atleta da história do futebol brasileiro a usar o marketing e a imprensa para se popularizar. Melhor exemplo disso foi sua atuação como garoto-propaganda do chocolate Diamante Negro, nos últimos anos da década de 1930. A Lacta criou esse produto para homenagear o craque, que já tinha o apelido que deu nome ao chocolate, e usar sua fama como meio de alavancar as vendas. O gênio também fez propaganda para relógios e cigarros, e foi o primeiro ex-jogador a tornar-se comentarista esportivo de rádio no país.
O craque foi o primeiro também a aproveitar a condição de famoso jogador (negro) de futebol para conquistar as "moças de boa família". Desde a chegada do esporte bretão ao Brasil, na primeira década do século XX, até os Anos 30, os negros eram proibidos de jogar nos grandes clubes e era inadmissível que namorassem as mulheres das famílias mais tradicionais e importantes, mas sendo o Leônidas...os pais até que gostavam, dizia Mário Filho, ícone do jornalismo esportivo. Em terras tupiniquins, foi o primeiro jogador a romper essa barreira.
Em 1938, na França, o Diamante Negro tornou-se o primeiro jogador a fazer um gol de bicicleta em uma Copa do Mundo. A nota triste é que o lance foi anulado, pois o juiz desconhecia o movimento e o considerou ilegal. Apesar disso, o nome do craque segue até hoje ligado à bicicleta. Muitos o consideram o inventor dessa jogada, mas o próprio Leônidas admitia que só havia popularizado o lance acrobático, que já era praticado nas ruas.
Na Seleção - Disputou duas Copas do Mundo: 1934, quando fez o único gol brasileiro na competição (na derrota por 1 a 3 para a Espanha), e 1938, na França, quando foi o principal artilheiro, com sete gols em quatro jogos, e eleito pela imprensa europeia como o melhor jogador daquele Mundial. Naquele ano, Leônidas era jogador do Mais Querido. Só não jogou as Copas de 1942 e 1946, porque não aconteceram, devido à Segunda Guerra Mundial.
No quesito média de gols por partida, Leônidas da Silva é o maior artilheiro da história da Seleção Brasileira. Em 37 jogos, ele marcou 37 gols. Nem mesmo Pelé, com média de 0,77 gol por confronto, superou o ídolo rubro-negro.
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