Por Lula Terras
Foto: Thomaz Farkas. Acervo: Instituto Moreira Salles - IMS
Nos antigos festivais de futebol amador, o time da casa fazia de tudo para ficar com o troféu
Justamente neste período das férias futebolísticas, quando todos nós tiramos um descanso da overdose, mal digerida, que é o futebol brasileiro. De repente, me veio à lembrança, daqueles antigos festivais esportivos amadores, geralmente para a comemoração do aniversário de clubes, políticos entre outros, mas, o objetivo é que o troféu fique em casa mesmo, seja qual for o custo.
Como este site é dirigido ao futebol, resolvi arriscar uma crônica de ficção abordando o tema, de forma suave e sem o radicalismo de torcedor:
Na fictícia cidade de Andreslândia, o time da casa, o Marmitinha organizou uma festa para analisar as possibilidades de seu time no importante campeonato, que estava próximo de começar. Convidou um tradicional time da redondeza, o Comercial e resolveu colocar o nome de um jogador famoso, no troféu. A justificativa foi válida, pois o jogador atuou pelos dois times. Até um almoço para todos os atletas foi planejado e realizado com sucesso.
Foi feito um regulamento às pressas para que as coisas acontecessem, sem sobressaltos. Uma das preocupações foi os critérios a serem adotados, caso a partida terminasse empatada. Ficou decidido que, a equipe com menos cartões amarelos, ou com menor número de faltas ficaria com o troféu, e ponto final.
Chegou, finalmente a hora do jogo, com as arquibancadas lotadas, todos querendo participar da festa. Na falta de um árbitro qualificado, a escolha recaiu sobre um amigo e frequentador do clube, que havia feito o curso de arbitragem e chegou até, a apitar alguns jogos na região.
A partida estava equilibrada até a metade do segundo tempo, quando um dos dirigentes se deu conta que o time da casa tinha feito mais faltas que o adversário e também, já estava carregado com três cartões amarelos, contra apenas um, do outro time. A informação chegou até os demais dirigentes e a situação acabou mudando. Em apenas cinco minutos, o adversário levou dois cartões, por faltas comum, e diminuiu a diferença nas faltas cometidas. Daí o jogo foi seguindo com a tendência de nada mais acontecer, mas, no último lance, a bola foi alçada na área do time de Andreslândia bateu no braço de seu zagueiro, que não conseguiu se desviar. Para a tristeza dos adversários que reclamaram a não marcação do pênalti, o árbitro não tomou conhecimento e resolveu terminar o jogo ali, e para não ficar qualquer dúvida, garantiu que a equipe adversária recebeu quatro cartões amarelos, portanto, o troféu ficará guardado na sala de troféus, em um lugar destacado. Parabéns, torcedores do Marmitinha, vocês mereceram a conquista.
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