Por Lucas Paes
Claudio Cannigia é conhecido por ser um dos maiores atacantes que a Argentina já formou. Protagonistas de pesadelos brasileiros, é ídolo da torcida da Atalanta, onde teve sua melhor fase. Assim como Maradona, teve problemas com drogas, sendo pego por doping em Cocaína, quando jogava na Roma. Mas um fato interessante de do Pájaro é que ele já esteve nos dois lados do Superclássico.
Começou a carreira nos Millonarios, onde já começou a ganhar destaque. Entre 1985 e 1988 jogou 53 vezes pelo River, marcando oito gols. Fez parte do time campeão da Libertadores e do Mundial em 1986. Apesar dos números não impressionarem, suas atuações chamaram atenção do Hellas Verona, primeiro clube pelo qual passaria fora da Argentina e início de sua trajetória na Itália.
Cinco anos depois da parceria com Maradona na Copa do Mundo, em 1990, depois da idolatria em Bérgamo e da decepção em Roma, Cannigia surpreendeu muita gente e fechou com o Boca Juniors, em sua volta a Argentina, frustrando a torcida do River Plate. Curiosamente, se daria muito melhor com a camisa Xeneizie, no que foi provavelmente o principal momento de sua carreira em clubes.
Com a camisa Xeneizie, reeditaria a dupla de sucesso com Maradona. Faria 74 jogos e 32 gols coma camisa azul e amarela, falhando, porém em conquistar títulos, entre os anos de 1995 e 1998. Protagonizou, porém, pelo Boca, uma cena curiosa, quando, em comemoração à um gol no Superclássico Argentino, diante do River Plate, beijou Maradona em cena que os dois chamaram de “O Beijo da Alma.”. Deixou o Boca Júniors ao fim de 1998, para se juntar a Atalanta, novamente.
Porém, a segunda passagem pela equipe bergamasca seria ruim. Ele passaria ainda pelo futebol escocês antes de encerrar sua carreira como jogador. Tal trajetória curiosamente foi retornada em 2012, mas este episódio ficará para um outro texto, já que foi provavelmente uma das situações mais inusitadas que já aconteceu na história da Copa da Inglaterra.
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