Por Lula Terras
Estamos às vésperas de mais um Natal, que promete trazer à tona velhas discussões, como o esquecimento para o verdadeiro sentido da comemoração, que é o nascimento de Jesus Cristo. Temos também, a entrada com força do espírito mercantilista, que é a troca de presentes para a felicidade maior do comércio, sem esquecer a existência do Papai Noel, que recebe inúmeros pedidos de presente.
Com relação ao bom velhinho tenho uma reclamação a fazer, sobre um pedido antigo feito, que seria o resgate do futebol arte do Brasil, e no pacote de presentes, o fim do mercenarismo entre atletas e dirigentes, e o pior, fim da violência entre torcedores. Diante disso, renovo meus pedidos, viu Papai Noel, ainda creio no senhor, que, certamente, também gosta de um futebol bem jogado.
Para não parecer tão radical, torço e muito, que o senhor esperou até o final deste ano, para indicar ao Santos, a contratação de Jorge Sampaoli, para seu treinador na temporada 2019. Eu vejo nele, todas as condições para alcançar sucesso na Vila Belmiro, justamente, por sua proposta de trabalho casa com o DNA santista, que é jogar para frente, em busca do gol. Mas, não estou convicto, que este seja o tão sonhado presente, que virá para mudar toda a filosofia implantada depois da derrota, na Copa de 1982, com aquela derrota amarga contra a Itália.
A partir daí, nossos treinadores acovardaram-se e seguiram o exemplo reinante na Europa, que era o Futebol de Resultados. Tudo bem que ainda conseguimos dois títulos mundiais: Em 1994, na disputa dos pênaltis, contra a mesma Itália; e, em 2002, com a Família Scolari, porém foram títulos onde se sobressaíram as qualidades técnicas de alguns atletas.
É justamente aí que eu me pego, Papai Noel, enquanto os grandes treinadores internacionais evoluíram em seu trabalho, se baseando em variações táticas, privilegiando a técnica individual de cada atleta, no Brasil o que a gente vê, são as formações de famílias, meritocratas, jogadores de confiança e outras baboseiras mais.
Voltando aos dias de hoje, Papai Noel, torço muito que tenha sido um presente, mesmo que tardio, a chegada de Sampaoli. Espero que ele faça um brilhante trabalho e que inspire os treinadores da nova geração, para que trabalhem o futebol de hoje, inspirados naqueles tempos, em que o Brasil era o País do Futebol. Obrigado!
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