Por Lucas Paes
O time do penta legítimo da Taça Brasil em 1965
Com o a CBF equivalendo os títulos da Taça Brasil ao Brasileirão em 2010, o Santos passou a ter oito títulos. Em 1965, fechando uma absurda sequência de títulos consecutivos, o esquadrão do Alvinegro da Vila, de Pelé, Coutinho, Toninho Guerreiro e cia. Conquistou mais um título da Taça Brasil. Uma conquista que veio em poucos jogos, direito adquirido do fato dos santistas serem os atuais campeões. A confirmação veio no Maracanã, contra o Vasco, no dia 7 de dezembro de 1965.
A campanha santista começou com o clássico na semifinal diante do Palmeiras. 29 mil pessoas foram ao Pacaembu ver o duelo entre os dois melhores times do futebol paulista (e provavelmente do Brasil e da América do Sul) naquele momento. O duelo foi no dia 3 de Novembro. O Palmeiras pulou na frente com Ademar Pantera, que aos 3 minutos passou na raça da defesa alvinegra e colocou o Verdão na frente. Toninho Guerreiro deixou tudo igual. Abel marcou um golaço e virou o jogo. Rinaldo empatou. Mas Toninho Guerreiro marcou outros dois e deu vantagem ao Santos.
No segundo jogo, no dia 10 de novembro, de novo no Pacaembu, com as presenças de Pelé e Ademir da Guia, ausentes no primeiro duelo, a partida foi de novo aberta. Pelé colocou o Peixe na frente aos 6 minutos de jogo, em bonita jogada coletiva. No segundo tempo, o Alviverde Imponente buscou o empate com Ademar Pantera, mas ficou nisso e a vaga na final foi do Santos. O Peixe enfrentaria na decisão o Vasco que passou pelo competente time do Náutico na outra semifinal.
No primeiro jogo, disputado no Pacaembu, o Alvinegro Praiano deu uma verdadeira aula de futebol aos vascaínos. Apesar do guerreiro time carioca, jogando com suas imaculadas camisas negras tentar atacar, os santistas pularam na frente com Coutinho, pegando rebote de uma bola que pipocou na área depois de uma tabela entre Coutinho e o Rei do Futebol. No primeiro tempo foi só o que o Peixe fez.
Na etapa final, virou passeio. O Peixe amplia com Dorval, que pega sobra de linda jogada de Toninho Guerreiro. O Vasco chega a colocar uma bola na trave, que depois é salva por Mauro. O terceiro gol alvinegro praiano vem em uma linda jogada coletiva que passa por Pepe, Toninho e Pelé antes de terminar em um torpedo de Dorval. Toninho faz o quarto após linda jogada de Pepe. Célio desconta de pênalti. Ainda deu tempo de Toninho Guerreiro fazer outro e ampliar a goleada.
Na volta, no dia 7 de dezembro, diante da imensidão do Maracanã, o Santos segurou como pode o Vasco, que partiu para cima do Peixe. O jogo teve até confusão antes do jogo devido as camisas das duas equipes. Mesmo partindo para cima, o time vascaíno viu Pelé, aos 22 do segundo tempo, marcar belo gol e dar o título ao Peixe. Naquela altura, considerado pela imprensa esportiva com o penta campeão brasileiro de clubes. Não só foi o quinto título, como foi o quinto seguido do Alvinegro Praiano, algo que nunca mais foi conseguido em uma competição nacional.
Aquele seria o último título do Peixe na Taça Brasil. O Alvinegro Praiano levaria uma surra do Cruzeiro, um dos maiores pesadelos dos santistas até os dias atuais em confronto de mata-mata, na primeira vez em que a camisa estrelada apareceria com terror na visão santista, exatamente um ano depois. O Peixe voltou a garantir uma taça nacional em 1968, no Roberto Gomes Pedrosa daquele ano. Seria o último título antes do imenso jejum de títulos nacionais do Peixe, que durou até 2002, quando Diego e Robinho fizeram história.
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