Por Lucas Paes
Viola comemorando gols foi uma cena comum no Brasileirão de 1998
(foto: Arquivo Santos FC)
O Santos teve momentos difíceis nos 90. A cada ano que passava, a fila ia aumentando (e ela só foi terminar em 2002) e os torcedores ficavam impacientes. Porém, em várias temporadas daquela década, o Peixe montou bons times, que “bateram na trave” dos títulos. Um desses anos foi o de 1998 e um dos destaques daquele time era um tal de Viola, atacante que marcou o futebol brasileiro nos anos 1990 e teve ótimas estadias no Alvinegro Praiano.
A sua chegada ao Santos veio através de empréstimo da Parmalat, detentora de deus direitos. Viola, apesar de números bons (29 gols em 52 jogos) tinha relacionamento complicado com o treinador Felipão, quando jogava no Palmeiras. O atacante havia sofrido seria lesão no olho na final do Brasileirão do ano anterior. No início do ano, pouco usado por Scolari, não quis ficar no clube. Acabou acertando com a Parmalat, dona de seu passe, empréstimo ao Santos.
Não demorou muito para deslanchar no Alvinegro Praiano. Em umum time que tinha bastante qualidade, com nomes como o goleiro Zetti, Viola era a ponta de uma lança fatal. Fez apenas um gol no Paulistão. Foi na Copa do Brasil que o centroavante foi mais importante, marcando 5 gols e ajudando o Santos à chegar até as semifinais, onde acabou batido pelo Palmeiras nos gols marcados fora de casa. Porém foi na Conmebol e no Brasileirão em que Viola mostrou sua melhor face.
Na competição continental, ele foi autor de quatro gols, sendo o artilheiro do time e essencial para que o Peixe quebrasse um jejum imenso de títulos internacionais e levasse a taça. O Alvinegro Praiano conquistou o título num duelo que é até hoje conhecido como a “Batalha de Arroyto” e que, já não sem tempo, tem ganho o devido reconhecimento de importância que deveria ter na história do Santos. Ele marcou diante de Once Caldas, LDU (2) e Sampaio Corrêa. No primeiro jogo da final, passou em branco e viu Claudiomiro fazer o gol da vitória na Vila Belmiro, em dia que acabou expulso e, portanto, ficando de fora do segundo jogo, em Rosario, onde o Alvinegro levantou a taça.
Em 2001 fez gols, mas já não teve o mesmo sucesso
No Brasileirão, foram 21 gols na espetacular campanha santista. O Peixe foi constante dentro do grupo de classificados para a fase final, brigando até pelo primeiro lugar da fase inicial. Viola foi o artilheiro daquele campeonato, com destaque para atuações como contra o Vitória no Barradão (3x1 com dois dele), 4x1 diante do Flamengo na Vila Belmiro, com uma tripleta, dois gols diante do Corinthians, fora de casa, numa vitória por 2 a 0, no Morumbi. No mata-mata, teve excelente atuação na terceira e decisiva partida diante do Sport, uma vitória por 3 a 0 com gols dele numa Vila Belmiro abarrotada. Mesmo na eliminação para o Corinthians, marcou o gol do empate no terceiro jogo. Termina o ano com 31 gols.
No ano seguinte, ficou no Santos nas campanhas do quarto lugar no Paulistão, eliminação para o Goiás na Copa do Brasil e no vice do Rio São Paulo. Marcou um total de 18 gols, até deixar a equipe na metade do ano, indo jogar no Vasco. Totalizou 49 gols em sua primeira passagem pelo Alvinegro Praiano, num total de 65 jogos. Seriam dois anos longe da Vila Belmiro até 2001.
Volta ao Santos no Brasileirão de 2001. Num time não muito brilhante, fez um total de 24 jogos e marcou 12 gols. O Peixe terminou aquele Brasileirão na décima quinta posição e Viola não voltou a jogar pelo clube em 2002, ano em que a magia voltou à habitar a Vila Belmiro. Ainda assim, tem bons números pelo Alvinegro Praiano, onde totalizou 61 gols em 89 jogos. Foi, inclusive, o último artilheiro santista em um Brasileirão antes de Borges voltar ao topo da artilharia com a camisa alvinegra, em 2011. O Peixe é o time com mais artilheiros no Brasileirão.
No terceiro jogo caso Robson Luis tivesse passado a bola pra Viola o Santos ia pra final.
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