Por Lula Terras
Lima e Edu com o garoto moçambicano João Chico (foto: Felipe Ruiz / globoesporte.com)
Apesar de atravessar um longo período de crises administrativas, falta de craques e de jogos de péssima qualidade técnica, além do valor do ingresso, que é proibitivo para os torcedores de baixa renda, o futebol brasileiro continua vivo, ao menos em outras partes do mundo, onde continua respeitado e amado por aqueles que gostam do futebol. A reportagem exibida pelo Esporte Espetacular, sobre a ajuda que o Santos FC deu a um grupo de crianças mantidas pela ONG Missão África, em uma região de Moçambique, na África, tocou no meu coração, assim como acredito que tenha acontecido pela grande parte das pessoas que viram a reportagem.
Tudo começou, graças à visão da modelo e blogueira Rafaella Kallimann, que fotografou o garoto João Chico, com a camisa do Santos e uma bola, feita de trapos. Essa foto viralizou nas redes sociais e chamou a atenção do clube, que resolver ajudar a ONG, que atende centenas de crianças e seus familiares na região de Beira, em Moçambique.
A imagem que chamou a atenção do mundo
(foto: Rafaella Kallimann / Instagram)
A ideia de envolver dois craques do passado no projeto foi outro grande acerto, pois tanto Lima, que por muitos anos atuou ao lado de Pelé no time que até hoje é reconhecido como um dos melhores elencos de todos os tempos, como Edu, que foi considerado, no seu tempo, como o sucessor natural de Pelé, quando parasse de jogar, era aquele ponta esquerda que infernizava qualquer sistema defensivo que ousava enfrentar o Santos, marcaram na história do clube e são reconhecidos internacionalmente (Edu fez parte da Seleção do tri, por exemplo).
Foi muito bonita a recepção da população africana à iniciativa do clube, que tem em sua história o orgulho de ter parado duas guerras, justamente no continente africano, e agora, com orgulho ainda maior, atua na melhoria da qualidade de vida da população pobre daquele País. Foi um exemplo a ser seguido pelas demais agremiações, assim como, acredito que sirva de exemplo para aqueles que trabalham com este esporte. Sugiro à todos que assistam a reportagem e torço muito que essas pessoas ao serem atingidas por esse ato repensem e busquem promover o resgate do maravilhoso futebol brasileiro que, hoje, está só na mente daqueles que tiveram a oportunidade de acompanhar.
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