Dario Silva e o gol perdido contra o Brasil na Copa América de 2004

Por Lucas Paes

Dario Silva era um dos grandes atacantes uruguaios da época, mas perdeu um gol incrível
(foto: Agência AP)

O futebol é cheio dos momentos em que alguém se pergunta: “E se?”. O se não entra em campo, mas um aniversariante do dia já viveu uma situação dessa. Dario Silva, teve, em 2004, num jogo entre Brasil e Uruguai, uma chance de fazer um gol que talvez mudasse o destino do jogo. Era 21 de Julho de 2004, no Estádio Nacional de Lima. O jogo terminaria empatado em 1 a 1 e os Canarinhos passariam nos pênaltis. 

O jogo começou com pressão uruguaia contra um Brasil que sequer estava com suas principais peças na competição. A seleção pentacampeã havia, porém já conseguido chegar ao ataque e criado até uma boa chance com Kleberson. Num lançamento longo, jogada muito utilizada pelo Uruguai naquela noite, Juan e Júlio Cesar se complicaram sozinhos e a bola sobrou para Diogo, que cabeceou para o meio para Dario Silva, com o gol aberto, ter a chance mais clara de abrir o marcador. 

Mas não foi um final feliz para o atacante celeste, praticamente debaixo dos três paus, sem ninguém a sua frente e com uma distância quase inexistente para as redes, Dario Silva chutou a bola no travessão. Um lance que entrou para a história do futebol como um dos maiores gols perdidos de todos os tempos e que até hoje deve protagonizar pesadelos do jogador uruguaio. Mesmo analisando com detalhe, é difícil entender como a bola não entrou.

O incrível gol perdido por Dario Silva

Pouco depois, continuando melhor no jogo, o Uruguai pulou na frente com Sosa. O Brasil empatou o jogo com Adriano, oportunista e artilheiro, antes de levar aos pênaltis, onde o outrora vilão Júlio Cesar, que falhou feio no gol uruguaio e teria ganhado parte da culpa no possível gol de Dario Silva, defendeu um pênalti e classificou os brasileiros para a final. 

O atacante Dario Silva jogou entre 1992 e 2006. Entre passagens por diversos clubes, destacam-se seus anos no Málaga, onde conquistou o título da Interloto 2002 e fez 36 gols em 100 jogos e seus 56 jogos e 35 gols em duas passagens pelo Peñarol. Passou também por Defensor, Cagliari, Espanyol, Sevilla e Portsmounth, antes de se aposentar em 2006. Pela Celeste, foram 49 jogos e 14 gols, marca que, obviamente, poderia ser melhor com o gol perdido naquela noite peruana.
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