Com informações do site oficial do EC Bahia
Foto: arquivo EC Bahia
Bobô foi o grande nome do Tricolor na conquista do Campeonato Brasileiro de 1988
Autor de dois gols na final, um dos principais responsáveis pelo título brasileiro de 1988, conquistado pelo Esquadrão de Aço, e um dos maiores ídolos da história do Bahia, o ex-atacante Bobô completa 56 anos neste 28 de novembro de 2018. Em uma entrevista para o site oficial do Tricolor, em abril de 2017, ele fez alguns destaques sobre a vitoriosa campanha.
"Foi muito bacana aquela conquista, por uma série de razões: A montagem do elenco, que começou em 86. Daí, começou 87 e foram chegando e saindo jogadores. E culminou naquele grande time montado em 88, um time quase basicamente de baianos. Modestamente montada, uma equipe barata e que pouca gente achava que poderia chegar aonde chegou. Aliás, nós mesmos não imaginávamos".
"Na realidade, nós ganhamos tudo naquela época. Fomos tricampeões baianos. Ganhamos o Baiano com antecipação em 86, em 87 ganhamos com facilidade e em 88 ganhamos os dois Ba-Vis. E entramos no Brasileiro para fazer uma grande campanha, mas não tínhamos noção do potencial, da capacidade, de nós mesmos".
"Durante o carnaval (de 89), nós tivemos que parar um pouco a festa para se dedicar (risos). Ali a gente já tinha uma certeza de que poderia chegar muito mais adiante. E o grande jogo do Bahia foi contra o Sport, na reta final (quartas de finais). Lá foi 1 a 1, Charles fez o gol. E aqui foi um drama, empate, prorrogação... Eu lembro que aos 14 minutos do segundo tempo, da prorrogação, o centroavante do Sport saiu sozinho e o Ronaldão salvou a pátria. E passou uma confiança muito grande".
Bobô também revelou que a conquista aconteceu com dois meses de salários atrasados para o elenco, que sobrevivia com o pagamento de bichos após os triunfos.
"A transição de quando eu saí do Bahia para o São Paulo, foi enorme. A diferença do trabalho, a infaestrutura. Eu falei: "Meu Deus do céu a gente ganhou mundo com aquele trabalho que era feito". Não tínhamos nem sequer treinador de goleiros, que era o preparador físico, depois o Evaristo assumiu. Ganhamos pela garra, pela torcida, pela direção do clube. E ganhamos o título com dois meses de salário atrasado, vivíamos do bicho que era pago. Tinha até calculadora no banco de reservas. E o bicho era pago no vestiário. Hoje temos um grupo de whatsapp, em que a gente se fala. São memórias boas que hoje estão na história do clube".
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