Por Lula Terras
Diogo Vitor está suspenso por dois anos por uso de cocaína (foto: Léo Pinheiro / Gazeta Press)
O mundo vem evoluindo significativamente, há décadas, para o lado do bem ou do mal, mas evolui. Felizmente, em grande parte para o aperfeiçoamento do ser humano, através da democracia. Único setor que ainda permanece como se vivêssemos no século XIX, é o futebol, cujas entidades representativas, sem o menor constrangimento tratam os clubes e atletas como se fossem seus escravos.
Esse questionamento vem, no embalo da informação divulgada pela imprensa, que o jovem atleta Diogo Vitor, de apenas 21 anos, do Santos FC teve sua pena de suspensão confirmada em dois anos, pelo uso de doping. Como já cumpriu seis meses de suspensão, seu retorno está previsto para abril de 2020. Mas, tanto o clube, como seus advogados lutam na Justiça para reduzir ainda mais a pena para, no máximo, até 2019.
Além da condenação, que é pesada demais para um atleta ainda no início da carreira e que, nota-se precisar mais de auxílio do que punição. Para piorar, existe uma determinação da Fifa que, para este tipo de pena, o atleta está proibido de frequentar as dependências do Centro de Treinamentos Rei Pelé, onde a equipe profissional realiza seus treinamentos.
Talvez essas autoridades não tenham a consciência de que, eles estão acabando com qualquer chance de Diogo Vitor voltar aos gramados, ele que já comprovou se possuir de talento o suficiente para dar muitas alegrias no futebol. Eu acredito que a pessoa que melhor se expressou sobre a situação do atleta foi o ex-jogador e atual comentarista da Tv Globo, Casagrande que vem lutando bravamente contra o vício.
Sobre Diogo Vitor, Casagrande falou ser contra a punição de quem é pego com droga social, neste caso, a cocaína. Em entrevista na televisão, o comentarista destaca que o atleta vive um problema e precisa ser ajudado, não punido.
O jovem jogador foi pego no exame antidoping, em 21 de março deste ano, após o jogo entre Santos x Botafogo, pelas quartas-de-final do Paulista, na Vila Belmiro. De lá para cá, o drama do atleta só aumentou.
Punições por antidoping não são novidades no futebol, alguns casos até envolvendo jogadores famosos, alguns punidos outros absolvidos, mas, todos sem exceção, amplamente divulgados pela mídia especializada. Exemplos como do atacante peruano Paolo Guerrero, do Flamengo, que vem brigando nos tribunais para se livrar da punição e voltar a jogar; o zagueiro paraguaio, Júlio César Cáceres, com passagem pelo Atlético Mineiro. Ele está suspenso por dois anos, pelo uso da substância conhecida como octopamina, detectada em seu organismo, no dia 5 de agosto de 2016.
E, por fim, outro drama, envolvendo o talentoso atacante Jobson que, em 2009 foi pego no exame, por uso de cocaína, foi suspenso e chegou a admitir em entrevista que usava crack. Muitas coisas negativas aconteceram em sua vida que, hoje, a vida de Jobson é passada em um presídio. Daí espera-se que as autoridades especializadas repensem essas leis, que são muito duras e nada benevolentes, mesmo para aqueles que gostariam de uma nova chance.
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