Julio dos Santoa atuando com a camisa do Cerro (Foto: ABC Color)
O Cerro Porteño é um dos maiores clubes da América do Sul. Completando 106 anos em 2018, o Ciclón sofre com a falta de um título internacional, mas é um dos times com mais participações na Copa Libertadores da América e é conhecido como o time do povo do Paraguai, por dividir a torcida do pequeno país com o Rey de Copas Olímpia e por ter sua origem em gente do "povão" paraguaio. E um dos maiores jogadores da história do Ciclón é conhecido dos brasileiros: o meia Julio dos Santos.
Apesar de passagens não tão marcantes por Grêmio, Atlético Paranaense e Vasco da Gama, o meiocampista é cria azulgrana, chegando as categorias de base com apenas 10 anos. Aos 17, já dava seus primeiros passos no profissional, de onde rapidamente viraria destaque. Entre 2001 e 2005, marca 39 gols em 91 jogos pelo Cerro. É eleito pelo diário ABC o jogador do ano no Paraguai em 2005. Suas boas atuações despertaram o interesse do gigante Bayern, da Alemanha, que o contratou em 2006.
Fora de sua terra natal, não conseguiu engrenar como queria na carreira, mas mostrou versatilidade, principalmente jogando em outras posições, chegando a atuar até na defesa, o que ocorreria bastante em sua passagem pelo Vasco. Acabou retornando ao Ciclón em 2009. Sua segunda passagem pelo clube do povo foi espetacular. Em cinco anos atuando com a camisa azulgrana, bateu diversos recordes históricos do clube. Foram 284 jogos e 49 gols. É o recordista de jogos pela equipe, com 375 atuações com a camisa cerrista. É também o recordista de gols pelo clube no Campeonato Paraguaio, com 70 gols.
Um de seus gols mais bonitos com a camisa do Cerro Portenho
Nesse período, fez parte da equipe que conquistou o título invicto do Clausura de 2013, com 14 vitórias e oito empates em 22 jogos. Foi apenas a segunda vez que o Cerro conseguiu tal feito, a primeira sendo cem anos antes, lá em 1913. No ano seguinte, foi o artilheiro da Libertadores da América, marcando um total de cinco gols, mesmo com a eliminação prematura do Ciclón nas oitavas de final. Naquele ano, o outro Ciclón da América do Sul, o San Lorenzo, sairia campeão.
Em 2014 encerrou sua trajetória pelo Cerro, indo para o Vasco da Gama, num dos períodos mais complicados da história do Cruzmaltino, que ainda não foi superado até os dias atuais. Conquistou cinco títulos paraguaios. Jul10 marcou para sempre seu nome na história azulgrana com recordes que dificilmente serão quebrados.
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