Por Lula Terras
Gabriel Jesus fazendo gol no amistoso contra a Arábia Saudita: caça-níquel da CBF
(foto: Fayez Nureldine/AFP)
A magra vitória contra a reconhecidamente fraca Seleção Saudita, por 2 a 0, no feriado de 12 de outubro, na Arábia Saudita, chegou a dar sono, não só para os torcedores de sofá, mas também em integrantes da crônica esportiva, que não pouparam críticas ao amistoso. Essa situação coloca em dúvida, ao menos para mim, que os objetivos sejam diferentes ao anunciado pelos dirigentes da CBF, que serve de preparativos para a Copa América de 2019, a ser realizada entre 14 de junho e 7 de julho de 2019, no Brasil.
Acredito que estejamos voltando aos tempos das partidas amistosas, com adversários poucos expressivos, mas que rendiam um bom dinheiro para os cofres da entidade máxima do futebol brasileiro. Em outros tempos, esse tipo de acerto era conhecido por caça-níqueis, pouco importando se contribuiria para o desenvolvimento técnico da equipe.
De concreto mesmo, o que a CBF tem conseguido é atrapalhar a vida de grandes equipes que são obrigados a ceder jogadores importantes, em momentos decisivos de competições de grande peso, como o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores da América. Teria que haver um critério de defesa para os clubes que são, os que verdadeiramente investem no futebol e tem, nessas competições, o caminho para suas conquistas e um retorno para os torcedores, seu patrimônio maior.
Nesta terça-feira, dia 16, ainda na Arábia Saudita, teremos um jogo que se espera, de melhor qualidade, também pelo adversário, a Argentina que irá exigir mais dos atletas brasileiros, assim como do treinador Tite. Este vem insistindo no seu já manjado esquema tático, que não engana mais ninguém. Vamos torcer por uma convincente vitória brasileira, que nos leve acreditar que as coisas ainda possam entrar nos eixos, e que em casa, o Brasil conquiste seu 9° título da competição.
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