Com informações do site oficial do São Paulo FC
A famosa imagem de Leônidas aplicando uma bicicleta contra o Juventus
(foto: Alberto Sartini/Gazeta Press)
Há 105 anos, no Rio de Janeiro, nascia Leônidas da Silva – o famoso Diamante Negro. Leônidas, se porventura não é o maior jogador da história do São Paulo, é o maior responsável pelo fato do Tricolor ser um clube grande, como o é, hoje. Contratado a peso de ouro e com toda a desconfiança possível por não jogar havia mais de um ano, Leônidas tomou parte da revolução que transformou o Clube da Fé no Rolo Compressor dos anos 40, o time em que conquistou praticamente tudo.
Maior jogador do Brasil até o surgimento de Pelé, Leônidas da Silva era veloz, extremamente técnico e que possuía ótima impulsão e elasticidade, característica que lhe rendeu o seu segundo apelido mais famoso: Homem Borracha - criado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista Paris Match justamente durante a Copa do Mundo de 1938.
Tradicionalmente é considerado pelos cronistas nacionais como o inventor da bicicleta - fato controverso, pois teria realizado o movimento pela primeira vez em 1932. Se não inventou, certamente imortalizou e consagrou a jogada. Leônidas da Silva jogou futebol de 1930 a 1950, passando por São Cristóvão, Sírio Libanês, Sul América, Bonsucesso, todos do Rio de Janeiro, Peñarol (Uruguai), Vasco da Gama, SC Brasil, também carioca, Botafogo, Flamengo e, por fim, São Paulo.
Defendeu a Seleção Brasileira com extremo sucesso entre 1932 e 1946, pela qual disputou duas Copas do Mundo, sendo inclusive artilheiro de uma delas: 1938, com sete gols. Poderia ter disputado outras duas Copas, enquanto defendia a camisa tricolor, mas a 2ª Guerra Mundial impediu a realização das edições de 1942 e 1946.
Foi contratado pelo São Paulo junto ao Flamengo, em 1942, na transação mais cara da história do futebol sul-americano até então, no valor de 200 contos de réis (em valores convertidos e corrigidos, aproximadamente 195 mil reais).
Por causa de sua idade e tempo sem jogar, os rivais contavam piadas dizendo que o Tricolor tinha comprado um bonde por 200 contos. A história, hoje, ri. Pelo São Paulo, Leônidas foi pentacampeão paulista (1943, 1945, 1946, 1948 e 1949), marcando 144 gols em 212 jogos.
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