Por Diely Espíndola
Edmundo jogou apenas um semestre no Napoli, na campanha em que a equipe foi rebaixada
Edmundo. Animal. Difícil para qualquer brasileiro ouvir estes nomes e não saber de quem se trata. Edmundo fez história em cada clube brasileiro por onde passou. Idolatrado no Vasco, também vestiu a camisa do rival Rubro-Negro, e ainda no Rio também representou as cores do Fluminense. No Palmeiras, ganhou o apelido que se eternizaria como sua mais famosa alcunha.
Mas a trajetória de Edmundo não foi feita só de sucessos. Como na carreira de qualquer jogador, algumas passagens por alguns clubes não rendem os resultados esperados, e se tornam uma pequena pedra no caminho do atleta. Foi o caso da passagem de Edmundo pelo Napoli.
Em 2001 Edmundo chegava à Itália para se apresentar ao Napoli. Não era no entanto a primeira vez que o jogador vestia a camisa de um clube italiano. Em 1994, a Colômbia promoveu um amistoso contra o Parma, pouco antes da Copa do Mundo. À época Edmundo jogava pelo Palmeiras, que cedeu o atacante ao Parma para disputar a partida. O placar acabou sendo de 3 a 1 para a Colômbia, porém o único gol marcado pela equipe italiana veio justamente dos pés de Edmundo.
Festa na apresentação do Animal
Em 1997 Edmundo desembarcaria na Itália pela segunda vez. Após uma passagem extremamente vitoriosa pelo Vasco, o atacante é contratado pela Fiorentina pela bagatela de 9 milhões de dólares. Formando o ataque com Batistuta, Edmundo foi considerado por muitos o responsável pela boa campanha da equipe na temporada 1998/99, onde a equipe conquistou o terceiro lugar da primeira divisão nacional. Apesar do sucesso inicial, o fim da passagem de Edmundo pelo clube se deu de forma conturbada após brigas com treinador e outros membros do elenco, o que culminou em sua saída em 1999.
Em 2001, Edmundo finalmente chegaria ao Napoli, após jogar no Santos. Dadas as atuações pelos clubes por onde já havia passado, as expectativas para a contratação de Edmundo eram altas. E não foram correspondidas. O clube passava por problemas financeiros e em campo, e amargava a zona de rebaixamento. Depositando em Edmundo suas esperanças de salvar a temporada, a torcida do Napoli viu o atacante marcar apenas 4 gols em 17 jogos disputados. Edmundo teve ainda um gol mal anulado contra o Brescia, que nas contas finais da tabela seria o gol que salvaria o Napoli da segunda divisão.
Além da fase escassa de gols do jogador, Edmundo se viu envolvido em mais uma polêmica. Tendo um rendimento abaixo da média, o atacante acabou não sendo mais a primeira opção do treinador Emiliano Mondonico. À época Edmundo recebia um generoso salário de U$450.000,00, o que não o impediu de cogitar sair do clube, insatisfeito com a reserva.
Saiu do clube ao fim da temporada
Edmundo evitava entrevistas durante seu tempo na Itália, mas um pronunciamento do jogador após mais um jogo no banco não deixou dúvidas sobre a insatisfação com as escolhas de Mondonico. O treinador havia afirmado que Edmundo teria sido poupado pois se recuperava de problemas físicos. Fato que Edmundo prontamente negou, e expôs ao Estadão seu ponto de vista: “"Não posso comentar nada. Porém, não tenho nenhuma lesão e estou perfeitamente bem. A decisão foi apenas do treinador.".
Após as diversas partidas no banco, e quando jogava acabava marcando bem menos gols do que se esperava, Edmundo não conseguiu evitar o rebaixamento do Napoli naquela temporada, mesmo sua contratação tendo sido a maior esperança do clube de escapar da degola. Edmundo sacramentava então sua passagem pelo clube como uma das piores e mais apagadas de sua carreira. Em seguida, acabou indo para o Cruzeiro, onde também não foi feliz.
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