Por Victor de Andrade
Em pé: Pescuma, Badeco, Zecão, Isidoro, Calegari e Cardoso. Agachados: Xaxá, Enéas, Cabinho, Basílio e Wilsinho. O time que conquistou a Taça Estado de São Paulo de 1973
Neste 14 de agosto, a Associação Portuguesa de Desportos está completando 98 anos de sua fundação. E para comemorar a data de aniversário da grande Lusa, que atualmente não vive bons momentos, vamos recordar da época em que o time Rubro Verde era gloriosa: a conquista da Taça Estado de São Paulo de 1973.
A Taça Estado de São Paulo de 1973 foi uma competição criada pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para que os clubes da primeira divisão não ficassem parados durante os 45 dias, entre o final de maio e começo de julho, em que a Seleção Brasileira estivesse excursionando pela Europa e África. Assim, a competição contou com 17 equipes (o Santos não participou do torneio), divididas em três grupos, sendo um com cinco e dois com seis.
As chaves eram regionalizadas e a Portuguesa estava no Grupo A, ao lado de Palmeiras, Juventus, São Paulo e Corinthians. Porém, as perspectivas da Lusa na competição não eram das melhores. Na virada de 1972 para 1973, o presidente do clube, Oswaldo Teixeira Duarte, havia dispensado jogadores do quilate de Marinho Peres, Samarone, Lorico, Ratinho, Piau e Hector Silva, na famosa “Noite do Galo Bravo”. Já no primeiro turno do Paulista, sob o comando de Cilinho, a equipe não foi bem e o treinador foi trocado por Otto Glória.
Ao fim do primeiro turno, Glória mudou o esquema tático e o time passou a funcionar, dando mostras já na Taça Estado de São Paulo. Mesmo estando no grupo mais complicado, a Lusa terminou a primeira fase em primeiro, com seis pontos, onde venceu o São Paulo (2 a 0) e o Corinthians (1 a 0), empatando com Palmeiras e Juventus, ambos por 0 a 0.
Na semifinal, o adversário da Portuguesa foi a Ferroviária. No primeiro jogo, no Pacaembu, em 21 de junho, vitória da Lusa por 1 a 0, com gol de Enéas. Na segunda partida, na Fonte Luminosa, em Araraquara, três dias depois, outro 1 a 0 para o time Rubro Verde, novamente com gol de Enéas. A Portuguesa estava na final.
A decisão foi marcada para o dia 1º de julho, no Pacaembu, e o adversário era o Palmeiras, que havia eliminado a Ponte Preta. Mesmo tendo que enfrentar jogadores do quilate de Ademir da Guia, Dudu e Leivinha, a Lusa deu um show de bola e fez sonoros 3 a 0, com dois gols de Wilsinho e um de Enéas. A Portuguesa era a campeã da Taça Estado de São Paulo de 1973 e com um detalhe interessante: não sofreu gol nos sete jogos que fez no torneio.
A Taça Estado de São Paulo acabou alavancando a Lusa no Campeonato Paulista. Com uma campanha avassaladora, o time comandado por Otto Glória conquistou o segundo turno da competição e tornou-se campeã paulista, no título dividido com o Santos, com a má matemática de Armando Marques.
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