Por Daniel Lopes
Messi desolado após derrota para a Croácia: cena cada vez mais comum para times sul-americanos
Se não é o Brasil, que ainda vai jogar uma partida e deverá avançar, e o Uruguai que pegou um grupo bem fraco, futebol sul-americano estaria quase num nível África (ou Ásia, é só escolher) de competitividade. Está se tornando, a cada Copa, mais difícil um campeão fora do continente europeu. Brasil até poderá continuar na galeria de contenders, mas olha-se para os vizinhos e a situação é complicada.
Essa geração da Argentina, de Messi, Di Maria, já está no fim e para a próxima Copa já vai ser desalentador o cenário. O que será do Uruguai sem a Suárez e Cavani e a dupla de zaga? Disseram que esse Uruguai é melhor que o envelhecido Uruguai de 2014. Para mim, vi pouquíssima diferença e ainda ficou com o Uruguai de 2014.
Da Colômbia, esperava-se que seria o emergente que se tornaria força mundial, mas também parece que não vingou. O Chile que tinha uma bela geração, flopou sem nem ir para a Copa e, pelo jeito, vai demorar a ter um time competitivo novamente. E o resto, Peru, Paraguai, Equador e demais se espera nada mesmo, nunca se esperou muita coisa.
O Brasil, pelo tamanho da população, ainda permanecerá como uma seleção a ser temida, respeitada. Já os nossos vizinhos parecem que serão que nem essas seleções africanas que de tempos em tempos lança bons times e que no máximo chegam às quartas.
Sul-americanos, um pouco menos que o Brasil, se acham os diferenciados. Os que tem ginga, os que tem tempero nos pés, os catimbeiros, "os malandrões". Mas futebol, além de não ser só isso, os "branquelos", "cintura-duras" europeus também têm. Devem se chocar ao ver um albino como De Bruyne meter uma trivela nojenta para o tanque Lukaku cabecear para o gol. Fora que o europeu "branquelo" e "cintura dura" não é mais regra na nova Europa. Até porque ingenuidade é palavra rara num futebol globalizado. Até os antes "inocentes" e afobados senegaleses, sabem controlar um jogo com placar na frente. "Malandragem" e ginga não é mais só mais "predicado" por essas bandas do planeta.
Futebol é cíclico? Sim, é muito cíclico. Mas a cada Copa nota-se essa tendência do futebol sul-americano. Não vemos em cada seleção dessas dos nossos vizinhos uma perspectiva de melhora. A França já se vê que terá uma seleção forte para o Catar e a Espanha idem. Como por exemplo vemos na Inglaterra, que anda dominando as bases. Até quem não foi para a copa, anda fazendo por onde melhorar, vide a Itália, que houve uma evolução da inassistível Séria A do Cálcio, para um campeonato interessante de se acompanhar.
É preciso uma mudança de mentalidade não só de quem faz futebol no continente, mas até de torcedores, para entender que o futebol mudou. Parar de babar milongueiro, treinador de trabalhos também questionáveis, que são dados como Deus. Por exemplo, esse Sampaoli, é dado como um Deus aqui, mas quando foi para a Europa, o que esse cara fez de importante no Sevilla? Olha as escolhas desse cidadão agora na Copa. Um futebol decadente como o argentino, por exemplo, e tem uma Copa América onde metade dos treinadores são argentinos. Será que não se deve questionar?
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