Fotos: Getty Images/FIFA.com
O debutante do dia, possivelmente a revelação do Mundial, Mbappé
A França entrou na Copa com status de favoritismo gigantesco pelo tamanho e qualidade do seu elenco, porém, até aqui, os Bleus não haviam demonstrado o futebol que tanto se esperava. Hoje a França que esperamos finalmente estreou, diante uma Argentina guerreira, lutadora e que não vendeu fácil a derrota, lutando até o fim e quase causando infartos em terras parisienses nos últimos segundos. A Arena Kazan teve a sorte de testemunhar o melhor jogo da Copa e o debutar de um nome que pode ser gigante.
Mbappé, 19 anos, revelação do Mônaco e atual integrante do forte time do Paris Saint Germain. O garoto não sentiu o peso do tamanho de um jogo entre a Albiceleste e os Bleus. Com apenas 13 minutos e com os franceses já mostrando uma qualidade maior, o Donatello recebeu lançamento de Pogba, arrancou como se possuísse um motor Renault de Formula 1, como se fosse um Fenômeno de amarelo de outras eras e outras terras e acabou derrubado por um desesperado Rojo. Pênalti, gol de Griezzman, 1 a 0 para os franceses.
A partir daí, parecia que a França faria o segundo a hora que bem entendesse. Nitidamente melhor, o jovem time europeu controlava uma Albiceleste onde faltava tudo, foram algumas chances desperdiçadas. Aí, o futebol, inapelável como só ele, precisou ensinar uma lição aos garotos franceses e Dí Maria, num chute fantasmagórico de outros tempos áureos vestindo a camisa branca do Real Madrid empatou o jogo num golaço. A lição continuou depois do intervalo, quando um chute errado do sumido Messi encontrou o pé de Mercado, tirando completamente as chances de defesa de Lloris. O início da etapa final questionaria o quão maduro o jovem time azul poderia ser.
Mbappé, 19 anos, revelação do Mônaco e atual integrante do forte time do Paris Saint Germain. O garoto não sentiu o peso do tamanho de um jogo entre a Albiceleste e os Bleus. Com apenas 13 minutos e com os franceses já mostrando uma qualidade maior, o Donatello recebeu lançamento de Pogba, arrancou como se possuísse um motor Renault de Formula 1, como se fosse um Fenômeno de amarelo de outras eras e outras terras e acabou derrubado por um desesperado Rojo. Pênalti, gol de Griezzman, 1 a 0 para os franceses.
A partir daí, parecia que a França faria o segundo a hora que bem entendesse. Nitidamente melhor, o jovem time europeu controlava uma Albiceleste onde faltava tudo, foram algumas chances desperdiçadas. Aí, o futebol, inapelável como só ele, precisou ensinar uma lição aos garotos franceses e Dí Maria, num chute fantasmagórico de outros tempos áureos vestindo a camisa branca do Real Madrid empatou o jogo num golaço. A lição continuou depois do intervalo, quando um chute errado do sumido Messi encontrou o pé de Mercado, tirando completamente as chances de defesa de Lloris. O início da etapa final questionaria o quão maduro o jovem time azul poderia ser.
O futebol é um esporte vadio e cruel...
E foi muito madura, foi porque o adolescente que vestia a 10 que um dia foi fardada por Zidane mostrou porque se tinha tanta expectativa sobre ele. Depois de Pavard acertar um chute maravilhoso e empatar o duelo, Mbappé abriu as asas e mostrou seu garbo ao Mundo, apavorando argentinos que estavam desde algum canto perdido da Patagônia até a arquibancada de Kazan. Primeiro, numa demonstração a lá Messi, o jovem atacante cortou o zagueiro e em curtíssimo espaço acertou um chute venenoso a queima roupa que Armani não conseguiu segurar. Depois, jogada trabalhada pelos franceses que termina com passe de Giroud e uma frieza digna de Henry, porém nos pés de um adolescente de 19 anos. Outra virada, dessa vez à francesa.
Enquanto a Argentina recebia uma distribuição de cartões, do outro lado era possível ver uma distribuição de técnica e habilidade. Os sul-americanos tentavam a base dos "huevos" compensar a claríssima diferença técnica, com um verdadeiro Deus nos acuda quanto se amontoavam "negros maravilhosos", como dizia Luiz Roberto, nas trincheiras da fraquíssima defesa portenha. A parada parecia definida e o time de Messi não demonstrava capacidade de reação.
Enquanto a Argentina recebia uma distribuição de cartões, do outro lado era possível ver uma distribuição de técnica e habilidade. Os sul-americanos tentavam a base dos "huevos" compensar a claríssima diferença técnica, com um verdadeiro Deus nos acuda quanto se amontoavam "negros maravilhosos", como dizia Luiz Roberto, nas trincheiras da fraquíssima defesa portenha. A parada parecia definida e o time de Messi não demonstrava capacidade de reação.
...Mesmo com os maiores de sua história
Mas o futebol é um esporte vadio, um esporte extremamente cruel, uma obra que junta as coisas mais celestiais do planeta aos maiores anseios de Lúcifer e Belzebú. Mais uma vez, em outra lição aos ótimos garotos franceses, Kun Aguero surgiu de alguma penumbra do campo para cabecear a pelota para as redes aos 47', faltavam dois. Confusão, caos, psicopatia, falta pura de noção de Otamendi. Porém deu tempo de um ataque rápido, mais caos, Meza chuta e a bola, vadia como só ela, sai por cima do gol. Fim de jogo, festa francesa, lágrimas argentinas. Merecidamente, o ótimo time francês está na quarta, depois de finalmente estrear na Copa do Mundo. Pelo menos os Bleus que todos nós esperamos.
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