A vitória da Alemanha sobre a Suécia nas quartas da Copa de 1934

Por Victor de Andrade

Os capitães Nils Rosen, da Suécia, e Fritz Szepan, da Alemanha

Neste sábado, dia 23 de junho, Alemanha e Suécia se enfrentam pela quinta vez na história das Copas do Mundo, às 15 horas (horário de Brasília), no Fisht Stadium, em Sochi. Com grande vantagem, três vitórias contra apenas uma dos suecos, a vantagem alemã em confrontos pelos Mundiais começou em 1934, na Itália.

Eram outros tempos. Um futebol ainda em desenvolvimento, em fase pré-guerra. A Alemanha estava passando pelo início do governo nazista e ainda não era considerada uma grande potência no futebol, alcunha carregada por Inglaterra, que se recusava a jogar a Copa, por se achar muito superior, Uruguai, que rejeitou ir à Itália, pois achava que deveria ser sempre sede (escondendo que a renovação feita depois de 1930 não foi adequada) e a própria dona da casa. A Suécia também estava longe de seu melhor momento no futebol mundial.

Porém, as duas equipes estrearam bem na Itália. Na primeira fase, os alemães passaram com facilidade pela Bélgica, pelo placar de 5 a 2. Já a Suécia encarou o vice-campeão do primeiro Mundial, a Argentina, e, apesar das dificuldades pelo difícil adversário, venceu de virada pelo placar de 3 a 2.

Portanto, no dia 31 de maio, o Estádio San Siro, em Milão, foi palco da partida entre Alemanha e Suécia, pelas quartas de final do Mundial. Como nenhuma das duas equipes estiveram quatro anos antes no Uruguai, aquele era o segundo embate de ambos na história das Copas. Com tudo isto, a expectativa era grande.

Era uma época onde o futebol tinha muitos gols. Placares de 5 a 2 ou 3 a 2, feitos pelas duas equipes na primeira fase, eram mais comuns do que nos dias de hoje. Porém, o primeiro tempo foi um jogo truncado, onde tanto a Alemanha como a Suécia pouco criaram. Com tudo isto, os 45 minutos iniciais terminaram com o marcador sem ser mexido.

O time sueco naquela partida

No segundo tempo, a situação mudou. A Alemanha passou a comandar as ações e com 15 minutos iria aparecer a estrela de Karl Hohmann. Na estreia germânica, ele não foi tão bem, mas naquele 31 de maio Hohmann abriu o marcador para a sua equipe. O mais interessante é que o próprio jogador, três minutos depois, marcou novamente, deixando os alemães em vantagem por 2 a 0.

Vendo a eliminação de perto, a Suécia resolver partir para cima, para mudar o resultado. Naquela época, viradas eram muito comuns e era nisto que o time nórdico acreditava. Aos 37', Gösta Dunker diminuiu para os suecos, que se animaram e foram para cima, mas não conseguiram balançar as redes novamente. Assim, os alemães conquistaram a vitória e avançaram, enquanto a Suécia deu adeus em seu primeiro Mundial.

A Alemanha começava ali uma grande dinastia de quase sempre chegar, no mínimo, nas semifinais. Porém, no jogo em que definiria um dos finalistas, os germânicos foram derrotados pela Tchecoslováquia por 3 a 1, sobrando apenas o terceiro lugar, após vitória por 3 a 2 sobre a Áustria.
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