Por Lucas Paes
Na Copa do Mundo de 1966, a União Soviética conseguiu a melhor campanha de sua história
A União Soviética tinha nos esportes uma de suas frentes mais fortes e um dos maiores “orgulhos” do regime comunista. No futebol, os soviéticos alcançaram alguns resultados expressivos, como duas medalhas de ouro olímpicas e um título europeu. Em 1966, o “Exército Vermelho” fez sua melhor campanha em Copas do Mundo, ficando na quarta colocação, perdendo a decisão do terceiro lugar para a mágica Seleção Lusitana de Eusébio.
A Seleção Soviética tinha como líder o histórico goleiro Lev Yashin. Contava também com o temor do “ocidente”, devido a alcunha do futebol científico e ao mistério gerado pela Guerra Fria. O Aranha Negra, porém, não jogou os dois primeiros jogos da equipe soviética no mundial. Na estreia, no dia 12 de julho, 3 a 0 diante dos norte-coreanos, em Middlesbrough, gols de Malafeyew e Banisevski. Quatro dias depois, vitória por 1 a 0 diante dos italianos, em Sunderland, gol de Chislenko.
Yashin era o grande líder do time soviético
A última partida da primeira fase, em Sunderland, veio diante dos algozes no mundial anterior. Dessa vez, porém, o Chile não foi páreo para o Exército Vermelho, que bateu os latinos por 2 a 1, dois gols de Porkuyan. Agora, era o momento do mata-mata, onde os Soviéticos enfrentariam a Hungria, de grande história as costas em sua época. No dia 23 de julho, de novo em Sunderland, a URSS abriu rapidamente 2 a 0, com Chislenko e Porkuyan. O gol de Bene tornou o jogo nervoso, mas os socialistas aguentaram a pressão e saíram vitoriosos.
A semifinal seria um confronto histórico e dificílimo: a Alemanha Ocidental, que tinha Overath, Beckenbauer, Haller e Seeler, seria o adversário dos soviéticos, apenas dois dias depois das quartas, em Liverpool. Forte, o time germânico venceu por 2 a 1, gols de Haller e Beckenbauer, com Porkuyan descontando no finalzinho. O sonho do título havia acabado, mas ainda havia a decisão do terceiro lugar contra Portugal, a sensação da Copa.
Contra a Alemanha Ocidental, a eliminação na semifinal
Jogando no histórico Wembley, os portugueses pularam na frente logo no começo com o genial Eusébio. Maiofeyev deixou tudo igual. Quando parecia que a decisão seria adiada para a prorrogação, José Torres marcou o gol que deixou o terceiro lugar na mão dos lusos. Nada que manchasse a histórica campanha soviética. Yashin, Porkuyan e cia. Já estavam na história da seleção soviética.
Mesmo fazendo boas campanhas em Euros, contando com dois vices em 1972 e 1988, os soviéticos jamais repetiram a campanha de 1966 em outro mundial. As coisas pareciam não dar certo em Copas do Mundo. Depois da separação, a Rússia jamais conseguiu campanhas interessantes mesmo na Euro, ficando portanto longe de boas campanhas em Copas.
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