Por Victor de Andrade
Argentinos desolados após empate contra a Suécia em 2002: eliminados na fase de grupos
Umas das maiores potências do futebol mundial, a Seleção Argentina corre o risco de ser eliminada na fase de grupos na Copa do Mundo Rússia 2018 nesta terça-feira. Estando no Grupo B, onde a Croácia já está classificada, a Albiceleste joga contra a Nigéria e precisa vencer. Além das duas equipes, a Islândia, que enfrenta os croatas, também têm chance de classificação. Aliás, são os argentinos que têm a tarefa mais complicada, pois não dependem apenas de suas próprias forças.
Porém, cair na primeira fase de uma Copa do Mundo não seria novidade para a Seleção Argentina. Além de ter boicotado as copas de 1938, 1950 e 1954 (por achar que o evento deveria ser em seu país), além de ter caído ainda nas Eliminatórias, para o Peru, na Copa de 1970, os argentinos foram eliminados na primeira fase em quatro Mundiais. Confira abaixo as campanhas:
1934 - Itália
Argentina foi derrotada pela Suécia, de virada, por 3 a 2
Depois de ter sido vice-campeã em 1930, a Argentina desembarcou na Itália querendo fazer melhor e ficar com o título. O regulamento daquele Mundial era cruel, já que mata-mata era desde a primeira fase e quem perdesse o primeiro jogo, já voltava para casa. O sorteio apontou a Suécia como adversária da Albiceleste. No dia 27 de maio, em Bolonha, a Argentina saiu na frente, com Belis, Jonasson empatou ainda no primeiro tempo e Galateo colocou a Albiceleste em vantagem no início da segunda etapa. Porém, novamente Jonasson e Kroon deram a vitória aos suecos e o passaporte de volta para os argentinos em apenas um jogo.
1958 - Suécia
A goleada sofrida para a Tchescoslováquia, por 6 a 1
Depois de boicotarem as Copas de 1938, 1950 e 1954, a Argentina voltou ao Mundial em 1958, na Suécia, querendo mostrar que sua seleção era sim uma grande força mundial. Porém, estrearam com uma derrota por 3 a 1 para a então campeã Alemanha Ocidental. Na segunda rodada, a Albiceleste bateu a Irlanda do Norte, de virada, por 3 a 1. Na última rodada, uma simples vitória contra a Tchecoslováquia colocaria os argentinos nas quartas de final, mas não foi o que aconteceu: levaram uma sonora goleada de 6 a 1, ficaram em último no Grupo 1 e voltaram mais cedo para casa novamente. Para piorar, ainda viram o Brasil conquistar a sua primeira Copa do Mundo. Em resumo, seus dois maiores rivais do continente já tinham levantado a taça e eles não.
1962 - Chile
O 0 a 0 contra a Hungria eliminou a Argentina
A Copa do Mundo voltava ao continente sul-americano e por ser vizinho do Chile, apesar das brigas territoriais, os argentinos iam para os jogos para torcer por sua seleção. Porém, dentro de campo, novamente não deu certo. A Albiceleste estreou no Grupo 4 vencendo a Bulgária, por 1 a 0, mas foi derrotada pela Inglaterra, no segundo jogo, por 3 a 1. Mesmo assim, uma vitória contra a Hungria, na última rodada, colocaria a Argentina nas quartas da competição, mas o 0 a 0 eliminou a Albiceleste, que apesar de ter empatado em pontos com a Inglaterra, perdeu a vaga no gol average. O detalhe é que o Brasil conquistaria o bi-campeonato, se igualando ao Uruguai. Os dois rivais com dois títulos e a Argentina ainda sem.
2002 - Coreia do Sul e Japão
Empate em 0 a 0 com a Suécia eliminou a Argentina em 2002
Depois de 40 anos, duas Copas do Mundo vencidas (1978 e 1986) e grandes jogos, a Argentina finalmente se tornaria uma das grandes do planeta e chegou para a Copa do Mundo de 2002, ao lado da França, como a grande favorita, por estar jogando muito bem. A Albiceleste foi a cabeça de chave do Grupo F, jogando no Japão, e estreou vencendo a Nigéria por 1 a 0. Porém, na segunda rodada, os argentinos acabaram sendo derrotados pela Inglaterra, por 1 a 0, o que obrigou a vitória contra a Suécia, na última rodada. Pressionados, os argentinos não fizeram um bom jogo e só ficaram no empate em 1 a 1, acabando em terceiro no grupo, com quatro pontos, e eliminados na primeira fase. E, por coincidência, o Brasil conquistava a Copa novamente, a quinta!
0 comentários:
Postar um comentário