Em 1986, um jovem jogador chegava à Campinas, vindo de Ribeirão Preto, e iniciava sua carreira com um objetivo bem definido: queria chegar perto daquilo que seu irmão mais velho conseguira. Raí Souza Vieira de Oliveira era conhecido até então por ser irmão de Sócrates, grande jogador da Seleção Brasileira. Apesar de muitos não saberem deste curioso fato, antes de se tornar conhecido como o grande jogador do São Paulo, onde é um dos maiores ídolos da história do clube, e também da Seleção, Raí tentou a sorte na Ponte Preta.
Depois de começar a carreira no Botafogo de Ribeirão, Raí, que completa 53 anos neste 15 de maio de 2018, chegou à Ponte para a disputa do Campeonato Brasileiro daquele ano. Vestindo o manto alvinegro, o jogador atuou em dez jogos: três vitórias, dois empates e cinco derrotas. Foi na Ponte ainda que ele marcou seu primeiro gol em um Campeonato Brasileiro, o único dele pela Macaca.
No entanto, as contusões foram seu maior problema na Ponte. "Voltei para o Botafogo, mas fiz boas partidas pela Ponte Preta antes de sofrer contusão. Na época, eu jogava na Ponte ao lado do Chicão (centroavante), que marcava muitos gols, e do Régis, volante, entre outros. Guardei um carinho muito grande pelo clube e deu para sentir a paixão da torcida da Ponte", disse Raí ao site de Milton Neves.
Dona Conceição, uma das torcedoras-símbolo da Macaca, confirma esse amor de Raí pela alvinegra de Campinas: ela conta que Raí sempre a presenteou com uma camisa quando vinha jogar na cidade. Pouco depois, Raí seguiu para o Morumbi a pedido do técnico Cilinho, que havia trabalhado com o jogador no Majestoso. Lá ele viria a se tornar ídolo, ser campeão da Taça Libertadores e do Mundial Interclubes em duas oportunidades.
Com a Seleção Brasileira, Raí levantou a Copa do Mundo de 94, sendo um dos líderes do time na competição, realizada nos Estados Unidos. Hoje, já aposentado como jogador, Raí cuida da Fundação Gol de Letra, uma obra assistencial que atende crianças carentes e foi fundada junto ao seu grande amigo dos tempos de jogador, o ex-lateral-esquerdo Leonardo.
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