Com um futebol que dava aula de toque de bola, velocidade, passes preciosos e muito talento, os poloneses vinham conquistando seu lugar. Mesmo após conquistar o Ouro Olímpico em 1972, na Copa de 1974, na Alemanha, eles não eram os favoritos e tão pouco tinham espaço na mídia mundial. Sendo assim, a Polônia poderia surpreender e conquistar (quem sabe) uma final tranquilamente.
Classificada no Grupo 4, a alvirrubra era acompanhada dos favoritos Argentina, Itália, e para completar o grupo, Haiti. Sem seu atacante Lubanski (contundido), os poloneses enfrentariam a Argentina em seu primeiro desafio.
Logo aos 7 minutos do primeiro tempo, Lato abriu o placar contra a Argentina. Szarmarch ampliou um minuto depois. Na volta do intervalo, Heredia chegou a diminuir para os “Hermanos”, mas o meio campista alvirrubro, Lato, marcou mais um. A argentina chegou a fazer mais um tento com Bandington, mas não foi o suficiente. A Polônia venceu a primeira “favorita” por 3 a 2.
Campo encharcado na partida contra a Alemanha
A segunda partida foi contra a equipe do Haiti, e sem dó os “assas brancas” fez 7 a 0. Os gols foram marcados por Szarmarch (3), Lato (2), Deyna e Gorgon. O terceiro e último jogo antes da classificação foi contra a nada mais, nada menos a vice-campeã mundial e outra favorita, Itália. Os italianos tinham nomes como Zoff, Burgnich, Facchetti, Mazzola, Capello, Chinaglia e Causio.
Neste jogo a Seleção Polonesa deu uma aula e mostrou que velocidade e passes preciosos são possíveis de se fazer no futebol, sim. Szarmarch marcou aos 38’ e Deyna ampliou aos 44’ do primeiro tempo. Capella marcou um para a Itália, porém não adiantou nada. A Polônia venceu o terceiro jogo e estava classificada para a segunda fase.
A segunda fase era com oito seleções, dois grupos com quatro equipes. Os campeões de cada grupo disputavam a final, e os segundos colocados o terceiro e quarto lugar. A Polônia caiu no Grupo B, junto da Suécia, Iugoslávia e a anfitriã Alemanha Ocidental.
O jogo aconteceu novamente em Stuttgart, e o primeiro confronto da segunda fase foi com a Suécia. Lato deixou mais uma bola no fundo das redes, Polônia 1 a 0. O segundo jogo foi contra a fortíssima Iugoslávia, mas o “poder de fogo” mostrou mais uma vez seu futebol talentoso e venceu a partida por 2 a 1, com gols de Denya e Lato.
Lato, contra o Brasil, foi o artilheiro do Mundial
A Alemanha Ocidental foi o último adversário antes da próxima fase. A partida marcada para o dia 3 de julho chegou, e com ela veio uma forte chuva, que atrapalharia o futebol de ‘toques’ dos poloneses. O campo ficou sem condições, os visitantes tentaram remarcar o jogo mas nada feito.
Mesmo sem condições a Polônia enfrentou a Alemanha Ocidental num jogo com muita disputa e ótimas oportunidades de gols. No outro lado, o goleiro polonês Tomaszewski defendeu um pênalti de Hoeness, mas Gerd Müller, artilheiro alemão marcou. Com uma derrota magra os “assas brancas” disputaria o terceiro lugar.
Enfrentar mais uma forte Seleção não seria novidade para os poloneses. Na disputa terceiro lugar eles encararam o Brasil de Leão, Marinho Chagas, Jairzinho, Rivellino, Carpegiani e Dirceu. Com mais um placar magro (1 a 0), desta vez a seu favor, a Polônia ficou com o terceiro lugar e com o artilheiro da Copa. Lato, que marcou o último gol, foi o destaque com sete tentos, em sete jogos.
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