Por Fábio Lázaro
Mohamed Salah e Cristiano Ronaldo: os dois grandes nomes da final da Champions League
Na Real, creio que até os próprios madridistas estão cansados de final. Afinal, será o terceiro ano consecutivo no qual o time merengue decide a Champions League.
Enquanto isso, em outras ruas da Europa quatro novos personagens distintos voltam a atravessar uma avenida em Liverpool. 48 anos depois, Abbey Road dá lugar a Anfield Road e John, Paul, Ringo e George dão lugar a Mané, Salah, Firmino e Klopp.
Enquanto, de um lado os brancos espanhóis estão face a face com o tricampeonato, que significaria o 13º de sua história, os vermelhos ingleses estão de volta a uma decisão continental após dez anos. E sabe o que isso significa numa final? Absolutamente nada.
No mundo da bola, a terra da rainha se rende a coroa de quem é Real e realmente joga o melhor futebol do mundo nos últimos anos. Por outro lado, nesse mesmo mundo da bola, quem é rei também perde a majestade. E se quem tem reinado na Europa é um gajo português, em 2018 um discreto menino egípcio tem escrachado o seu “Eis me aqui”.
Então, nesse miscigenado mundo da bola, onde a Espanha é liderada por Portugal, numa aversão à Tordesilhas, e que a Inglaterra, civilização inventora do futebol, se rende a uma moderna cultura egípcia, podemos entender que não entendemos nada neste planeta, que também é redondo. Nos deixamos, então, apenas sentir, neste esporte sensitivo que nunca acaba. Nem na final. Que é o ponto final de uma infinita reticências.
Afinal, é final. Afinal, é futebol!
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