Por Lula Terras
Náutico havia ganho o seu último estadual em 2004
Foram definidos neste final de semana, os principais campeonatos estaduais de 2018. Um, em especial, chamou a atenção por se tratar de uma das agremiações mais antigas, ainda em atividade no País: o Náutico que, ao vencer o Central, de Caruaru, por 2 a 1, na Arena Pernambuco quebrou, um longo jejum de 14 anos sem vencer o Campeonato Pernambucano e conquistou o seu 22º título estadual.
Fundado oficialmente, em 1901, por praticantes de remo, o Clube Náutico Capibaribe teve sua fase de ouro no futebol, na década de 60, com conquistas dentro e fora do Estado. O Náutico sagrou-se campeão pernambucano nos anos de 1963, 64, 65, 66, 67 e 68, portanto, Hexacampeão, façanha conquistada, apenas pelo Timbu, forma como costuma ser chamado nos meios futebolísticos. Ainda neste período foi vice-campeão brasileiro de 1967, e chegou às semifinais da competição nacional nos anos de 1961, 65, 66 e 68, e também a Copa Libertadores da América, de 1968.
Integrante do trio de ferro pernambucano, ao lado de Sport Club do Recife e Santa Cruz, todos com sede em Recife, o Náutico acabou por manter a escrita de somente equipes da capital pernambucana a levantar o título. Além do Central, de Caruaru, ter ficado com o vice neste ano, em 2017, o mesmo aconteceu com o Salgueiro, da cidade do mesmo nome no sertão pernambucano, que perdeu na final para o Sport.
Até 2013, o Náutico mandava seus jogos oficiais, no tradicional Estádio dos Aflitos, no bairro dos Aflitos, inaugurado em 1939, com capacidade para 20 mil torcedores. Com a construção da Arena Pernambuco, na cidade de São Lourenço da Mata, para a Copa do Mundo de 2014, por decisão de sua diretoria, este estádio, com capacidade para 46 mil torcedores, passou a receber os jogos do time.
E, foi justamente na Arena Pernambuco que terminou o jejum de títulos, com um público de 42.352 torcedores, que rendeu quase um milhão de reais. Depois do empate em 0 x 0 no jogo de ida,o Náutico se deu melhor no jogo de volta e fez 2 a 1, gols de Ortigosa e Jobson, descontando, Júnior, cobrando pênalti, para o time de Caruaru.
Sob o comando do técnico Roberto Fernandes, a equipe campeã formou com: Bruno, Thiago Ennes, Camutanga, Camacho e Kevin; Negretti, Júnior Timbó (Clebinho) e Wallace Pernambuco Jobson); Robinho, Rafael Assis e Ortigosa.
Mas tem algo interessante. Apesar de nos dois últimos anos Salgueiro e Central terem conseguido chegar à decisão, até hoje nunca um time de fora de Recife conquistou o Campeonato Pernambucano. Aliás, fora os dois citados, só mais um time do interior conseguiu a proeza de chegar à final: o Porto, que assim como o Central, também é de Caruaru. Pernambuco e Rio de Janeiro são os dois únicos estados do país onde só tiveram campeões da capital.
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