Por Lula Terras
Membros da Federação Paraibana de Futebol estão sendo investigados
Mais um escândalo estourou nesta semana, para empobrecer ainda mais o futebol brasileiro, que luta para ser recolocado entre as maiores potências do Mundo. A denúncia de manipulação de resultados no Campeonato Paraibano deste ano é triste e preocupante, mesmo que tenha ocorrido em uma região, reconhecidamente intermediária entre as grandes forças do futebol brasileiro.
Até o momento, o que se sabe é que a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba deflagraram na última semana uma operação para investigar a manipulação de resultados no futebol profissional praticado no Estado, que tem como campeão neste ano, o Botafogo Futebol Clube, também conhecido entre seus torcedores, como o Belo.
Estão sendo investigadas 80 pessoas, entre dirigentes da equipe campeã, o atual e a ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol, 11 árbitros, e dirigentes de outros clubes, como do Campinense, Treze, Atlético de Cajazeiras e CSP, além de alguns funcionários de alto escalão da Federação, também denunciados.
Conforme informam as autoridades responsáveis pelas investigações, os denunciados podem ser enquadrados pelos crimes, como organização criminosa; crimes do Estatuto do Torcedor; e por falsidade ideológica. Outro ponto levantado é que o Campeonato Paraibano está sob suspeita de fraude, também em outras edições, desde 2011. Neste período os títulos foram conquistados pelo Treze FC, de Campina Grande (2011), Campinense Clube, também de Campina Grande (2012, 2015, e 2016), e o Botafogo, de João Pessoa, que ficou com os títulos de (2013, 2014, 2017, e 2018).
Outros escândalos de manipulação mancharam o nosso futebol, em outras oportunidades, como destaque para o denominado Caso Ivens Mendes, ocorrido em 1997, que nunca foi devidamente esclarecido. Na oportunidade foi investigada uma suposta corrupção e influencia política no futebol brasileiro, cujo resultado de concreto mesmo, foi o cancelamento do rebaixamento de Fluminense e Bragantino, que haviam sido os últimos colocados no Campeonato Brasileiro de 1996 e deveriam disputar a Série B, no ano seguinte. Com isso, o Brasileiro da Série A acabou sendo disputado por 26 clubes, ao contrário dos anos anteriores, que contou com 24 equipes.
Em 2005, outro escândalo que teve repercussão internacional e que ficou conhecido por Máfia do Apito, cujo protagonista foi o ex-arbitro Edílson Pereira de Carvalho, que depois de denunciado acabou por confessar sua participação no esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro daquele ano. Na oportunidade onze partidas foram anuladas e novamente realizadas, Edílson foi suspenso e, em seguida banido do futebol, assim como outro árbitro, Paulo José Danelon e os empresários Nagib Fayad e Vanderlei Pololi, que tiveram a prisão decretada pela Justiça. Hoje, não se tem qualquer notícia sobre eles. Que resta a nós, amantes do futebol, que esses crimes de agora, sejam devidamente esclarecidos, os culpados punidos e que nossas autoridades criem mecanismo para evitar outras maracutaias que nada acrescentam, apenas empobrecem o futebol brasileiro.
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