Claudio Milar no Botafogo

Por Victor de Andrade


Jogador de muita raça, velocidade e fazedor de gols, o atacante uruguaio Claudio Milar fez muito sucesso no futebol gaúcho, principalmente em suas passagens no Brasil de Pelotas, onde foi ídolo. O atleta, que teve sua carreira encerrada de forma trágica, já que morreu em um acidente automobilístico envolvendo a delegação do Xavante, em 2009, jogou em vários clubes do futebol tupiniquim, entre eles o Botafogo, em 2001.

Nascido em Chuy, Uruguai, no dia 6 de abril de 1974, Roberto Claudio Milar Decuadra começou no Nacional, de seu país, onde foi profissionalizado em 1993. Em 1996, começou uma verdadeira peregrinação pelo mundo, onde jogou no Godoy Cruz, da Argentina, e, em seguida, fez sua primeira "turnê" pelo Brasil, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco, atuando por Juventude, Caxias, Portuguesa Santista, Santa Cruz e Náutico.

No início dos anos 2000, Claudio Milar foi para o Club Africain, da Tunísia, e com boas atuações ajudou sua equipe a conquistar a Copa do país. Depois, ele foi para a Europa, onde defendeu LKS Ptak, da Polônia, e o Young Boys, da Suíça. Sua passagem pelo Velho Continente o fizeram a ser chamado para a Seleção Uruguaia e isto chamou a atenção do Botafogo, que o contratou para o Brasileirão de 2001.

No Fogão, chegou em um clube que não vivia um grande momento, e estava atirando para tudo quanto é canto para reforçar a equipe. Junto com o uruguaio, veio ainda o meio-campista peruano Cirulizza e o volante sérvio Vlad Petkovic (não confundir com o meia Dejan Petkovic, que fez muito sucesso no futebol brasileiro).

Milar foi apresentado como um jogador raçudo, mas que tinha técnica e fazia gols. Porém, ele teve pouquíssimas chances como titular e nos poucos jogos em que atuou, entrou vindo do banco de reservas. Além disso, entrou em atrito com o técnico Abel Braga e aí passou a não ser mais utilizado na equipe.

Com todos estes problemas, ao fim do Brasileirão, Claudio Milar saiu do Botafogo com um saldo não muito positivo, algo longe de suas passagens por outros clubes: apenas cinco partidas e nenhum gol marcado. Depois, ele passou a peregrinar pelo futebol mundial.

Entre idas e vindas do Brasil para Israel e Europa (com passagens pelo Hapoel Kfar Saba e duas pelo polonês Pogon Szczecin), Claudio Milar foi contratado pelo Índio Xavante. Virou ídolo da torcida, mesmo já tendo jogado pelo rival Pelotas, fez mais de 100 jogos com a camisa vermelha e acabou falecendo em um acidente, junto com seus companheiros de equipe, na cidade de Canguçu, em 15 de janeiro de 2009.
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