Por Diely Espindola
Fotos: Gilvan de Souza / CR Flamengo
Mesmo com dificuldades, o Flamengo conquistou a Taça Guanabara, em jogo em Cariacica
Se você esperava assistir a um jogo desequilibrado, de submissão por parte do verdão de Bacaxá, não foi o que aconteceu. A surpresa do espectador de Boavista e Flamengo, realizado na tarde deste domingo, em Cariacica, no Espírito Santo, talvez só não tenha sido maior do que a surpresa que sentiu o time da Gávea. Porém, mesmo assim, o Flamengo fez 2 a 0 no segundo tempo e conquistou a Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, de 2018.
E esta surpresa não se deu tanto pela atuação do Boavista. Por mais que o time possa ser classificado como pequeno, e sua participação na final em detrimento dos outros três grandes do Rio não fosse esperada, nenhum clube independente do tamanho entra em campo em uma final para perder. Sobretudo o Boavista, que se destacou como líder de seu grupo no primeiro turno do Campeonato Carioca, fez uma campanha acima da média, e conta com um elenco experiente. Então apesar do e usualmente se espera de um jogo entre duas equipes tão destoantes em tamanho, torcida e renda, o Boavista não entrava em campo com tanta desvantagem.
Comemoração do primeiro gol do jogo
A grande surpresa da partida, além do fato de a decisão do primeiro turno do Campeonato do Rio de Janeiro ter sido realizada em Cariacica, no Espírito Santo, ficou nas mãos e nos pés da equipe Rubro-Negra. Ainda que superior, o Flamengo não dominou a partida, pelo menos no primeiro tempo, como se espera de uma grande potência do futebol. Como durante a maior parte da campanha até aqui, o ataque da equipe não foi tão efetivo quanto a defesa, e o Flamengo não levou tanto perigo à área do Boavista. O Verdão de Bacaxá foi o responsável pelas duas primeiras finalizações da partida, e investiu pesado na marcação que praticamente anulou o ataque adversário. A primeira etapa da partida foi equilibrada, com ambos os times defendendo mais do que atacando, porém, aproveitando bem as poucas chances de finalização.
Na segunda etapa, o Boavista optou por manter a postura do primeiro tempo de retrancar, defender, e aproveitar somente as chances de contra-ataque. E foi aí que o título efetivamente começava a se tornar distante das mãos do time de Saquarema.
O Flamengo voltou do intervalo atacando muito mais, e levando perigo ao gol do Boavista. Aos 12 minutos de partida, o Rubro-Negro já somava 13 finalizações, contra 6 do Boavista. E estratégia de reforçar o time na frente deu certo. Aos 19 minutos da segunda etapa, o placar é aberto. Ainda que o gol marcado tenha sido contra, este se deu após um ataque bem estruturado do Flamengo, e o gol rubro negro mais cedo ou mais tarde aconteceria.
No primeiro tempo, o Boavista dificultou para o Flamengo
O equilíbrio até então mantido na partida, foi dando lugar à uma tática cada vez mais ofensiva por parte do time da Gávea, e a vitória se desenhava. E aos 32 minutos, Vinicius Júnior sacramenta o título rubro negro ao finalizar jogada iniciada por Éverton Ribeiro. Caía então a esperança do Boavista de levantar o caneco, e dava ao Flamengo o título que se esperava dele.
Em resumo, vimos o Boavista fazer um primeiro tempo de igual para igual, e prometia uma partida sem ganhador certo. Na segunda etapa, o Flamengo se agigantou em campo, e garantiu o título que para tantos já era esperado, não somente pelo seu adversário ser quem era, mas por uma campanha constante e efetiva.
Ao Flamengo, a merecida vitória.
Ao Boavista, a honrada derrota.
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