Por Lula Terras
Favorito, Inter ficou no empate contra o Boavista, mas mesmo assim avançou na competição
(foto: Ricardo Duarte / Internacional)
Uma das principais
competições, que garante vaga na Copa Libertadores da América, a
Copa do Brasil está de volta e desde o ano passado com uma roupagem
pouco diferente de outras edições, nas duas primeiras fases, que
pode gerar uma série de descontentamento junto aos torcedores das
equipes que vão ficando pelo caminho.
Nesta edição, assim como
no ano passado, a primeira e segunda fases são realizadas em jogo
único. Depois do sorteio, a equipe de pior colocação no ranking da
CBF envolvida no confronto da etapa inicial faz o jogo em casa. Mas
aí tem um porém: o empate é do visitante!
Para ilustrar a situação
da etapa inicial da Copa do Brasil deste ano, vejam o quadro dos
primeiros confrontos realizados: até o momento aconteceram 20
confrontos, com apenas quatro equipes mandantes que passaram para a
fase seguinte, por saírem vitoriosas e nove visitantes venceram o
jogo e também garantiram vaga. Por outro lado, sete equipes
visitantes (Boa, Atlético Paranaense, Bragantino, Internacional,
Juventude, Náutico e Paraná Clube) se classificaram com o empate,
graças ao atual regulamento, deixando a clara impressão que boa
parte desses sete times jogaram com o regulamento embaixo do braço.
O Atlético Paranaense nem precisou balançar as redes para avançar
(foto: divulgação Caxias)
Enfim, a conclusão que
chego é que os brilhantes dirigentes da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) continuam tentando inovações que, pouco ou quase nada
de justo acrescenta ao futebol brasileiro. Não seria mais prático e
justo que, ao invés de oferecer a classificação aos visitantes,
com o empate, que se desse a chance de uma prorrogação, e
persistindo o empate, a cobrança de pênaltis. Ou então, que se
adote o sistema do replay, como acontece lá fora, quando acontece o
empate, isto força a realização da partida de volta.
Fica, então, essas
sugestões para a próxima edição, de um jornalista que não é
especialista de regulamentações esportivas, mas ama o futebol, como
a grande massa da população brasileira, apesar do mau momento em
que vive o esporte. A gente só espera que as autoridades esportivas
repensem suas atitudes e passem a priorizar ações que tragam de
volta o encanto que só o futebol oferece e deixem de fazer do
futebol, seu trampolim político/financeiro.
Ah, antes que eu
me esqueça, há apenas um detalhe: a própria competição mostra o
quanto é furada a regra de o empate ser do visitante no jogo único
na primeira fase da Copa do Brasil. Na etapa seguinte, também feita
em uma partida, em caso de igualdade no tempo normal, a classificação
é feita por decisão em penalidades. É mole?
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