Por Lula Terras
Calendário confuso pode estar atrapalhando as equipes brasileiras (foto: Rubens Chiri/SPFC)
Que o futebol é uma caixinha de surpresas, todos sabemos, inclusive este termo vem sendo utilizado, e muito, nos últimos tempos, principalmente por analistas do esporte do coração de quase todos os brasileiros. Mas, um detalhe que tem escapado entre os observadores é quando os resultados dos jogos, fogem de qualquer perspectiva coerente, daí as causas são geralmente mal explicadas e acabam sendo absorvidas.
Os maus resultados de times considerados grandes, contra equipes de menor expressão, alguns até em risco de rebaixamento nas competições que disputam, não passa pela cabeça de ninguém que acompanha a modalidade desde os tempos em que o Brasil foi considerado o país do futebol, pátria de chuteiras entre tantos adjetivos que foram utilizados neste tempo todo.
E, para minha surpresa e sei que de muita gente, a atual edição do Campeonato Brasileiro mostra a cada rodada, fica evidente que a competição não tem o peso que se pensava ter. Isso, graças a uma medida brilhante dos responsáveis pelo Calendário Oficial da CBF que, sob o argumento de auxiliar as equipes participantes de outras competições, também importantes, como a Libertadores da América, Sul-Americana e Copa do Brasil, que estão sendo realizadas paralelamente, ao Brasileirão.
O fato traz à tona situação semelhante, que acontece nos campeonatos regionais que tiveram sua época de ouro, notadamente o Campeonato Paulista, causador da grande rivalidade entre as principais equipes que estão na disputa. Hoje, nada mais é do que uma competição secundária, que tem o objetivo de avaliar o elenco para competições maiores, como avaliam os dirigentes.
De concreto o que conseguiram foi fazer com que cada clube elegesse suas prioridades, o que, em muitos casos, mostrou que o Brasileiro ficou para segundo plano, a ponto de, hoje estar praticamente definido o futuro campeão, a despeito de alguma outra equipe embalar, ao melhor estilo do turfe, o que, convenhamos, é praticamente impossível. Vamos torcer então, que em 2018, os geniais membros da CBF encontrem a luz e elaborem um calendário, verdadeiramente justo, sem privilegiar ninguém.
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