A FIFA volta atrás, pelo bem do futebol

Por Lula Terras

Agora sim: Pelé, Zico, Renato Gaúcho e Raí são campeões mundiais de clubes

O mundo do futebol foi surpreendido em janeiro deste ano, por uma declaração do recém eleito presidente da FIFA, Gianne Infantino, que a entidade só reconhecia como títulos mundiais de futebol, competições disputadas em 2000 e a partir de 2005, ou seja, organizadas por ela. Passados nove meses, a entidade, com uma atitude bem mais sensata, de reconheceu como títulos mundiais, competições com igual peso, a Copa Intercontinental, organizada pela Conmebol e UEFA, entre 1960 e 2004. Com isso, a história do futebol foi restaurada e as equipes brasileiras Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo têm seus títulos conquistados por merecimento reconhecidos como mundial.

Lembro que, após a divulgação pela imprensa mundial, da infeliz declaração de Infantino, jornalistas de várias partes do Mundo se insurgiram, inclusive eu, que cheguei a me manifestar no blog O Curioso do Futebol, apontando não só os clubes prejudicados, mas grandes ídolos do nosso futebol, como o rei Pelé e seus companheiros de elenco, no grande Santos da década de 60. 

Também estariam alijados da conquista outros ídolos como Zico, do Flamengo; Renato Gaúcho, então no Grêmio, e Raí, ídolo do São Paulo, e muito outros campeões, que não dá para enumerar neste pequeno espaço. Passa pela cabeça de alguém que ama, de verdade, o futebol, que esses atletas não tiveram uma carreira vitoriosa? Pois é, na visão da atual diretoria da FIFA passou. Ainda mais, se tratando de uma entidade que viveu mergulhada em escândalos, durantes anos, e dentro de sua costumeira arrogância pensa ter sido a inventora do futebol.

Felizmente voltaram atrás, e eu, particularmente, não vejo motivo para comemorações e sim que a entidade se limite a cumprir sua real função: a de comandar o futebol mundial, fiscalizando as entidades envolvidas na organização de competições. Quem ama o futebol só quer que tenhamos competições sérias, com critérios justos e sem privilégios as equipe, com maior prestígio e de maior poderio financeiro. Este triste quadro ainda se faz presente no meio futebolístico, infelizmente.