A passagem do lateral Villamayor no Corinthians

Com um time com muita pegada, o Grêmio, dirigido por Luiz Felipe Scolari, surpreendeu muitos e conquistou a Copa Libertadores de 1995. A defesa daquele time contava com dois paraguaios: o lateral direito Arce e o zagueiro Rivarola. Além dos dois, outro defensor de terras Guaranis fazia sucesso por esta banda: Gamarra, do Internacional.

Isto incentivou a outros clubes brasileiros a contratarem paraguaios. Um destes clubes foi o Corinthians, que trouxe o reserva de Arce na lateral da Seleção, Juan Carlos Villamayor, para a disputa da Copa Libertadores de 1996, já que o Timão havia conseguido a vaga na competição continental vencendo a Copa do Brasil de 1995, em uma final justamente contra o Grêmio.

Revelado pelo Guaraní, de Assunção, Villamayor teve o seu ápice na carreira quando defendeu o Cerro Porteño, onde fez muito sucesso e chegou à Seleção Paraguaia, disputando três Copas Américas (1993, 1995 e 1997). Ele era chamado de "Cafu Paraguaio", pois, segundo quem o acompanhava, seu estilo de jogo se assemelhava ao do capitão da Seleção Brasileira na Copa de 2002.

Ele chegou ao Corinthians junto com várias contratações, como os atacantes Edmundo e Leonardo e o zagueiro Alexandre Lopes. Porém, 1996 não foi um ano tão bom para o Corinthians, que ficou em quarto no Paulistão, 12º no Brasileirão, e caiu nas quartas-de-final da Copa Libertadores, justamente para o Grêmio.

A passagem de Villamayor pelo Timão também deixou a desejar: foram apenas 12 jogos e nenhum gol marcado. Em 1997, voltou para o Cerro Porteño, onde ficou apenas por um ano e se transferiu para o Atlético Celaya, no México, onde atuou por oito partidas.

Experiente, resolveu se arriscar no futebol japonês por dois anos, jogou 32 partidas e marcou apenas um gol no Avispa Fukuoka. Novamente retornou ao Cerro e em seguida foi jogar no Chacaritas Junior, da Argentina, onde fracassou. O crepúsculo de sua carreira se arriscou no Sport Colômbia de Assunção (2002-2006).