Por Lucas Paes
O Juventus que conquistou a Taça de Prata de 1983
O Clube Atlético Juventus é um dos mais tradicionais times de São Paulo. Tendo o apelido de Moleque Travesso, pelas vitórias contra os quatro grandes no passado, o maior título da história da instituição aconteceu em 1983, quando o time conquistou a Taça de Prata, equivalente ao Brasileirão da Série B, na época.
A história começa com a boa campanha juventina no Paulistão de 1982. Com o quinto lugar geral, na frente de times como Santos e Portuguesa, o clube conquistou a vaga para a Taça de Ouro de 1983, onde cairia num grupo com América (RJ), Rio Branco (ES), Vila Nova (GO) e o Atlético Mineiro. Com uma má campanha, acabou caindo na primeira fase e indo disputar a Taça de Prata, após ser derrotado pelo Goiás na repescagem.
Entrando direto na Taça de Prata na fase de mata-mata, o Moleque Travesso pegou primeiro o Itumbiara, vencendo em São Paulo por 3 a 1 e empatando fora por 1 a 1. Na fase seguinte, o despachado foi o Galícia, da Bahia, com duas vitórias: 3 a 2 no Nordeste e 2 a 1 em casa. Na semifinal veio o Joinville, que não conseguiu vencer em Santa Catarina (0 a 0) e acabou derrotado por 2 a 1 em São Paulo. Assim, o Juventus garantiu vaga para a final.
Jogadores carregam a taça
Na final, o adversário foi o tradicional CSA, de Alagoas. Os alagoanos impuseram a primeira derrota a equipe juventina, vencendo por 3 a 1, no Estádio Rei Pelé, na primeira partida. Só que no segundo jogo, no Parque São Jorge (local onde o time da Moóca mandou todos os jogos), o time nordestino não aguentou a pressão juventina e acabou derrotado por 3 a 0.
O regulamento previa que se cada time vencesse um jogo, seria preciso uma terceira partida. A finalíssima, disputada mais uma vez na Fazendinha, ocorreu no dia 4 de maio. Em um jogo nervoso, a vitória veio só aos 26 minutos do segundo tempo, quando Nelson foi lançado em boa posição e recebeu um carrinho do zagueiro alagoano dentro da área, pênalti. Paulo Martins bateu bem e fez o gol que seria o do título.
O título não garantia um acesso ou nada do tipo na época e o Juventus acabou sequer disputando a Taça de Prata ou a Taça de Ouro em 1984. O artilheiro daquele time foi Lio, que marcou 6 gols. O time também tinha Nelsinho, que 'ganhou' o sobrenome Baptista quando virou treinador e o técnico era Candinho. O título é até hoje o único nacional do Juventus.
Vídeo do jogo do título
Ficha Técnica
JUVENTUS 1 X 0 CSA
Data: 4 de Maio de 1983
Local: Estádio Alfredo Schuring – São Paulo/SP
Público: 3.205
Árbitro: Luis Carlos Félix
Cartões Amarelos
Juventus: Paulo Martins e Cesar
CSA: Café, Dequinha, Ademir e Jorginho
Gol
Juventus: Paulo Martins, aos 26’ do segundo tempo
Juventus: Carlos; Nelson, Deodoro, Nelsinho e Bizi; Paulo Martins, César e Gatãozinho; Sidnei, Lio (Bira) e Cândido (Mário) – Técnico: Candinho
CSA: Adeíldo; Humberto, Café, Dequinha e Cícero (Veiga); Ademir, Jorginho e Romel; Américo, Josenilton e Jacózinho – Técnico: China
Não era Lio o centroavante do Juventus, era Ilo.
ResponderExcluirAlguém pode me dizer se o Nelson Batista era lateral ou zagueiro neste time?
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