O Botafogo campeão da Copa Conmebol de 1993

A equipe comemorando o inesperado título: o Fogão foi campeão da Copa Conmebol de 1993

Aquela quarta-feira, dia 29 de setembro de 1993, ficará gravada para sempre na memória dos torcedores do Botafogo. Foi neste dia que o clube conqusitou o seu primeiro (e até agora único) título internacional no estádio Maracanã, ante um grande rival como Peñarol e em um dramático encontro.

Antes de falar da competição, vale ressaltar que aquele segundo semestre não foi tão feliz para o time da estrela solitária, que estava indo mal no Campeonato Brasileiro. Porém, na competição sul-americana, o clube reagia e deixava para trás Bragantino (com duas vitórias, 3 a 1 e 3 a 2), Caracas ( dois triunfos, 1 a 0 e 3 a 0), e Atlético Mineiro, que era o detentor do título da Copa (derrota por 3 a 1 no Mineirão e vitória por 3 a 0 no Maracanã).

Disputa de bola no meio de campo

Com estes resultados, o Botafogo chegou à final da competição, onde encararia o tradicional Peñarol. Vale lembrar também que os bons resultados no torneio internacional empolgaram a equipe, que se recuperou no Campeonato Nacional.

O primeiro jogo da final foi em Montevidéu e terminou com o placar de 1 a 1, com Otero marcando para o Carbonero e Perivlaldo empatando. Uma imensa expectativa fez com que o torcedor botafoguense lotasse as instalações do Maracanã para a definição do título. E, quem diria, de um ano perdido para um título!

Comemoração foi grande

Desde o início do jogo, o time carioca atacou de forma sistemática, convertendo na figura de Gerardo Rabajda, o arqueiro rival, o melhor em campo. Porém, na primeira investida, aos 34 minutos, os visitantes abriram o placar por intermédio de Pablo Bengoechea, que aproveitou um erro da defesa alvinegra.

O alívio dos torcedores que lotavam o Maraca veio aos 7' da segunda etapa, com o empate através de Eliel, de falta. O delírio se apoderou no estádio, quando Sinval anotou um gol espetacular de 30 metros de distância, que deixou impotente o goleiro Rabajda. Começou a abundar o jogo brusco de ambos os lados e por seus reiterados protestos, o árbitro argentino Francisco Lamolina expulsou Carlos Alberto Torres, técnico local e uma glória do futebol mundial.

Matéria sobre o título do Fogão

Tudo parecia controlado por Botafogo, que sentia o 'cheiro' do título, até que no último minuto, o fantasma do Mundial 1950 sobrevoou pelo Maracanã novamente, quando Marcelo Otero fez o empate definitivo, tocando sobre a cabeça de William e mandando a decisão da taça para os pênaltis.

Ali, todo o esforço do Peñarol se derrubou por sua pouca eficácia: dos quatro jogadores que bateram as penalidades, só anotou Da Silva. William defendeu o de Ferreyra, enquanto que Gutiérrez e Dos Santos chutaram para fora. A glória foi para o Botafogo, já que só Sinval perdeu (defendido por Rabajda). Suelio, Perivaldo e André deram o título ao Fogão. Um grande time da América tinha sua merecida conquista internacional.

Campanha

Oitavas de final
Botafogo 3×1 Bragantino
Botafogo 3×2 Bragantino

Quartas de final
Botafogo 1×0 Caracas (VEN)
Botafogo 3×0 Caracas (VEN)

Semifinal
Botafogo 1×3 Atlético-MG
Botafogo 3×0 Atlético-MG

Final
Botafogo 1×1 Peñarol (URU)
Botafogo 2 (3) x (1) 2 Peñarol (URU)
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