Por Lucas Paes
O time do Ceará que conquistou o estadual de 1971, tirando o time da fila
No começo da década de 1970, o Ceará, um dos times mais tradicionais do Nordeste, vivia uma das maiores filas de conquistas de estadual da história do clube, já estando há oito anos sem taças. Mas no começo da década de 1970, os alvinegros estabeleceram um bicampeonato que iniciaria um domínio do Vozão no estadual. Alguns anos depois, a equipe conquistaria um tetra seguido.
Naquele ano de 1971, a campanha do Vozão na competição seria de números altíssimos. Foram 53 gols marcados e apenas 10 sofridos, com 17 vitórias, 6 empates e 4 derrotas. Mas a história mais legal daquela competição aconteceria no último jogo da final, onde o Ceará enfrentou o eterno rival Fortaleza.
A final daquela edição aconteceu numa melhor de três. No primeiro jogo, vitória alvinegra por 1 a 0. O segundo jogo terminou em empate, forçando a realização da terceira partida, que aconteceu no dia 3 de agosto daquele 1971, no acanhado Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.
Quem saiu na frente naquele dia foram os tricolores, com Mimi. Carlindo igualou o marcador para a equipe alvinegra. Mimi marcou outra vez, deixou o Fortaleza na frente e o título na mão do Leão. O gol de empate do Ceará veio de falta, no último instante, com Victor, cobrando falta. O gol iniciou uma confusão de proporções épicas no estádio, já que havia a dúvida se a bola de fato havia entrado. A torcida tricolor invadiu o campo e o juiz teve de ser escoltado.
No ano seguinte, mantendo a mesma base, o Vozão levou o bicampeonato. Em 1972, foram 18 vitórias, 6 empates e apenas uma derrota, em 25 jogos. Um total de 50 gols marcados e apenas 17 gols sofridos. Na final, o Ceará bateu outra vez o Fortaleza. O artilheiro também foi alvinegro: o atacante Da Costa, com 18 gols.
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