Carbajal – O lendário goleiro mexicano

Por Lucas Paes

Carbajal defendeu o México em cinco Copas do Mundo

Completando 88 anos nesta quarta-feira, Antônio Carbajal, apelidado de La Tota, foi um dos maiores goleiros da história do futebol mexicano. Antes de Lottar Matthaus era o recordista de participações em Copas do Mundo como jogador. Mas, além da seleção mexicana, teve uma sólida carreira como goleiro por clubes do país.

Começou a carreira no Real España, jogando nas preliminares da equipe profissional. Com o bom desempenho, foi convocado para a seleção de amadores do país, que disputou a Olimpíada de 1948. Após os jogos, foi alçado ao time principal, onde ficou um ano, até se transferir ao León, devido ao fim do Real España.

Na Copa de 1950, no Brasil

No León, ele ficou o resto de sua carreira, totalizando 364 jogos. Sua principal qualidade era a saída do gol, onde fechava muito bem o ângulo dos atacantes. Pelo time de Guanajuato, foi campeão nacional em 1952 e 1956 e ganhou a Copa do México em 1958. Foi eleito o melhor goleiro do século XX pela CONCACAF. 

Na seleção, jogou todas as Copas do Mundo que aconteceram entre 1950 e 1966. Numa fase em que o futebol mexicano não tinha a qualidade razoável que possui nos dias atuais, a Tricolor jamais passou de fase em seu período debaixo das traves. Em 11 jogos nas Copas, ele levou um total de 25 gols, desfavorecido pela fraqueza de seu time. 

É um dos mitos do futebol mexicano

Curiosamente, em sua última partida, na edição de 1966, contra o Uruguai do histórico Marzukiewicz, suas grandes defesas e as defesas do lendário goleiro uruguaio na outra meta tornaram aquela a primeira partida de Copa do Mundo onde o México não levou gols. Naquele ano, a equipe mexicana marcou dois pontos, através de dois empates, contra Uruguai e França, sendo, porém vencida pela Inglaterra, que seria campeã, por 2 a 0.

Ao pendurar as luvas, se tornou treinador de futebol. Passou por León, Unión de Curtidores, Atletas Campesinos e Morelias. Pelo León, foi duas vezes campeão da Copa do México e do torneio Campeão dos Campeões, que nada mais era que uma Supercopa Mexicana. Conseguiu o acesso para a primeira divisão no Campesinos e trabalhou durante doze anos no Morelias, onde terminou a carreira de treinador, em 1995. Também foi preparador de goleiros da Seleção Mexicana.

Trabalhando como treinador

Na Copa das Confederações de 1999, disputada no México, recebeu um reconhecimento da FIFA e da FMF como um dos 100 jogadores históricos do mundo.
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