Por Victor de Andrade, inspirado em post do amigo Rodrigo Leite na comunidade Futebol Alternativo no Facebook
Simplício, de Rosauro, com Carlos Alberto de Nóbrega em "A Praça é Nossa"
Em 5 de março, o "Domingo Legal", do SBT, vai fazer uma homenagem ao humorístico "A Praça é Nossa", que vai completar 30 anos no mesmo canal de televisão. Atuais atores irão representar personagens históricos do programa, que contracenarão com Marcelo de Nóbrega, filho de Carlos Alberto de Nóbrega, atual apresentador do programa, e neto de Manuel da Nóbrega, precursor do estilo "A Praça da Alegria".
Mas como o papo aqui é futebol quando se mistura com a arte, vamos ao que interessa: a atriz Katiuscia Canoro (que ficou conhecida como a 'Lady Kate' no Zorra Total, da Rede Globo) irá fazer o personagem Rosauro, que originalmente era interpretado por Simplício e torcedor fanático do Ferroviário Atlético Ituano (FAI), inclusive sempre usando a camisa do clube. O FAI nada mais é que o atual Ituano FC, campeão paulista de 2002 e 2014.
Katiuscia Canoro gravou quadro em homenagem ao Rosauro
Simplício, ou Francisco Flaviano de Almeida, nasceu em Itu, no dia 5 de outubro de 1916. Passou por Rede Record, Bandeirantes, Globo e SBT. Aliás, foi na emissora de Roberto Marinho onde surgiu Rosauro. O menino contava histórias de sua terra natal, onde dizia que tudo lá era grande. E veio dele a fama da cidade, que hoje faz questão de ter pontos turísticos com orelhões e outros 'apetrechos' gigantes.
Numa das clássicas cenas de seu personagem de Itu, este entrava em cena com a mulher, Ofélia, e dizia o texto (com um carregado sotaque interiorano): "Vai, Ofélia, diga para o homem de que tamanho é a abóbora lá de Itu!" – ao que a mulher respondia, abrindo os braços: "É deste tamanho!" – e ele retrucava, bravo: "Não, Ofélia, não é a pitanga, é a abóbora!".
O monumento que homenageia Simplício
Pois bem, mas o que também caracterizava Rosauro, que estourou no sucesso em "A Praça da Alegria", que continuou na nova era do programa, "A Praça é Nossa", era a sua camisa do Ituano e seu grito, que deixava Carlos Alberto de Nógrega quase surdo, típico de criança estridente: "ô homiiiii!"
Simplício casou-se em 1959 com Helena Maria de Almeida e teve dois filhos, Francisco Alberto e Luiz Eduardo, e vários netos. Em uma de suas últimas entrevistas, Simplício contou que passou a ser chamado por esse apelido em sua estreia no circo, na cidade de Amparo, quando alguém o lembrou que ele precisava de um nome artístico. "Eu sempre fui um cara muito simples, quase simplório, aí começaram a me chamar de Simplício", disse ele.
Rosauro pedindo desenho para Eliana e Vovó Mafalda
O ator faleceu aos 87 anos na noite do dia 14 de fevereiro de 2004 em um hospital em Itu, vitimado por uma hemorragia interna, decorrente da falência múltipla dos órgãos. O então prefeito de Itu, Lázaro Piunti, decretou luto oficial por três dias, e o orelhão e o semáforo gigantes da praça Padre Miguel, objetos inspirados pelo comediante e símbolos da cidade, amanheceram envolvidos por laços pretos. O comércio central trabalhou com as portas entreabertas, em sinal de luto.
Para homenageá-lo, a cidade hoje conta com um monumento de Rosauro, sentado em um banco de praça. Ah, lógico, com a camisa do Ituano, clube em que ele chegou a ver o primeiro título paulista, em 2002, e de tamanho gigante.
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