Um treinador reconhecido em todo mundo nos deixou no dia 20 de janeiro de 2017. Carlos Alberto Silva conquistou diversos títulos por onde passou, sendo que alguns foram verdadeiras façanhas, sendo algumas inéditas e dificilmente serão repetidas.
Algumas conquistas na carreira do treinador foram até 'comuns', como os Paulistas de 1980 e 1989, pelo São Paulo, o Mineiro de 1982, pelo Atlético Mineiro, e o Pernambucano de 1983, pelo Santa Cruz, e o Japonês de 1991, pelo Verdy Yomiuri Kawasaki. Com isso, O Curioso do Futebol separou alguns momentos interessantes na carreira do técnico.
GUARANI
É considerado o maior treinador da história do clube, até porque comandou a equipe no título mais importante do Bugre: o Campeonato Brasileiro de 1978. Revelando nomes como Careca, Zenon e Renato, o Alviverde de Campinas é até hoje o único time do interior a conquistar o Brasileirão, quando bateu o Palmeiras na final. Esta é, provavelmente, a maior façanha clubística do futebol tupiniquim. Porém, a história de Carlos Alberto Silva no Guarani não pára neste título, já que também dirigiu o time em 1994, quando o Bugre fez grande papel no Nacional, chegando à semifinal (quando tinha, até ali, a melhor campanha) e montando uma dupla sensacional que fez muito sucesso no futebol: Amoroso e Luizão.
SELEÇÃO BRASILEIRA
Após bons trabalhos nos anos 80, Carlos Alberto Silva foi convidado por Octávio Pinto Guimarães, presidente da CBF na época, a assumir a Seleção Brasileira depois da Copa de 1986. No 'Escrete Canarinho', o treinador iniciou um processo de renovação, que teve alguns percalços, como a goleada sofrida para o Chile que culminou com a eliminação precoce na Copa América de 1987. Porém, depois teve bons resultados, como a conquista da medalha de ouro no Pan de 1987 (a última do futebol masculino brasileiro) e a prata nas Olimpíadas de Seul, em 1988, com um time que jogava um belo futebol. Carlos Alberto Silva foi o treinador que levou pela primeira vez para a Seleção nomes como Romário, Bebeto, Ricardo Rocha, Taffarel, Jorginho e Aldair, jogadores que conquistariam a Copa do Mundo em 1994. Saiu da Seleção na troca da presidência da CBF: Ricardo Teixeira assumiu o comando da entidade, em 1989, e resolveu contratar Sebastião Lazaronni como treinador.
FC PORTO
"Técnico brasileiro não se dá bem na Europa!". Esta frase feita, repetida por muitos foi quebrada por Carlos Alberto Silva. Tudo bem, foi em Portugal e no FC Porto, equipe que dominava o futebol lusitano na época, mas o treinador, nos dois anos em que esteve por lá, continuou a hegemonia: conquistou o bi-campeonato Português (1992 e 1993), além da Supertaça de Portugal de 1992. Este bom trabalho em terras portuguesas foi um 'cartão de visitas' para a sua segunda experiência europeia.
DEPORTIVO LA CORUÑA
Aqui, a frase "técnico brasileiro não se dá bem na Europa!" é mais uma vez quebrada. Tudo bem que ele não conseguiu conquistar um título em sua passagem pela Espanha (até porque o Deportivo era conhecido como o time do quase naquele momento), mas Carlos Alberto Silva ficou à frente da equipe de La Coruña por duas temporadas: 1996/1997 e 1997/1998. O treinador levou alguns brasileiros que já tinham passado pelo seu comando, como Rivaldo, Flávio Conceição, Luizão e Djalminha, e se não conquistou canecos, fez um trabalho consistente, se mantendo por duas temporadas e iniciando a base do Deportivo que ganharia, finalmente, o Campeonato Espanhol na temporada 1999/2000, tendo em Djalminha, o jogador que ele levou, como o grande craque.
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