Totó Schillaci comemorando um de seus gols na Copa de 1990
Um centroavante que jogava em um pequeno time italiano, mas que era um goleador nato, foi contratado por um dos grandes do País e um ano depois se tornaria artilheiro de uma Copa do Mundo em sua própria terra. Estamos falando de Salvatore Schillaci, ou simplesmente Totó, que foi o goleador máximo do Mundial de 1990, realizado na Itália.
Totó Schillaci nasceu em Palermo, na Sicília, no dia 1º de dezembro de 1964. Começou a jogar bola em sua cidade natal e logo foi parar no time do Messina, que também fica na ilha italiana. Estreou no profissional da equipe em 1982, para nunca mais sair. No Messina, Totó Schillaci mostrou seu faro de gol, marcando 71 gols em 219 jogos, e chamou a atenção da Juventus, time que o contratou para a temporada 1989 / 1990.
No Messina, já mostrava faro de gol
Na La Vecchia Signoria, Schillaci continuou com sua boa fase, marcando gols importantes para o time da cidade de Turim. Suas atuações chamaram a atenção do técnico Azeglio Vicini e ele passou a ser convocado para a Seleção Italiana em 1990, nos jogos preparatórios para a Copa do Mundo em que seriam os anfitriões. Totó estreou com a Azzurra no dia 31 de março, na vitória da Itália por 1 a 0 contra a Suíça.
Antes da convocação final para a Copa, Totó Schillaci ainda não havia balançado as redes com a camisa da Seleção e foi uma surpresa ele estar na lista de 22 jogadores. Porém, o centroavante não decepcionou: na estreia, contra a Áustria, em 9 de junho, ele entrou no lugar Carnevale, aos 29' do segundo tempo, e logo em seguida marcou o gol da vitória de sua equipe. Virou o xodó da torcida.
Atuações na Juventus o levaram à Seleção
No segundo jogo, contra os Estados Unidos, Schillaci começou novamente no banco de reservas, mas entrou logo aos 9' da segunda etapa. Porém, não marcou na vitória italiana por 1 a 0 (gol de Giannini). Mas sua grande chance viria no dia 19 de junho, quando saiu como titular e marcou logo aos 9 minutos na vitória da Azzurra contra a Tchecoslováquia por 2 a 0. A partir daí, Totó não parou de balançar as redes.
Nas oitavas, o adversário foi o Uruguai e Schillaci abriu o marcador, aos 20' do segundo tempo, na vitória por 2 a 0. Nas quartas, a adversária foi a até então invicta Irlanda, que foi vítima do centroavante aos 38 minutos do primeiro tempo: Itália 1 a 0 e vaga na semifinais.
Jogando pela Internazionale
O adversário da Itália na decisão de quem iria para a final era a então campeã Argentina. Jogo difícil, pegado e com a torcida napolitana dividida, já que Maradona era o grande ídolo do Napoli, time da cidade. Porém, os italianos saíram na frente aos 17 minutos de jogo. Gol de quem? Schilacci! Porém, aos 22' da segunda etapa, Caniggia empatou e a partida foi definida nos pênaltis. O técnico Azeglio Vicini não confiou em Totó Schillaci para cobrar e a Itália foi eliminada.
Na decisão de terceiro e quarto, contra a Inglaterra, uma ironia do destino. O jogo estava empatado em 1 a 1 até que aos 41' do segundo tempo, a Itália teve um pênalti a seu favor, que foi convertido. O autor? Ele, Totó Schillaci. E os italianos ficaram com o terceiro lugar na Copa realizada em casa e vencida pela Alemanha.
Encerrou a carreira no Japão
Após a Copa, Schillaci jogaria poucas vezes pela Seleção. Sua última partida pela Azzurra foi em 25 de setembro de 1991, em derrota contra a Bulgária por 2 a 1. No ano seguinte, o centroavante deixaria a Juventus para defender a Internazionale, onde ficou até 1994. Depois, ele foi para o Japão, onde jogou no Jubilo Iwata, ganhou o apelido de Totó-San e foi dirigido por Luiz Felipe Scolari. Na Terra do Sol Nascente, ele pendurou as chuteiras em 1999.
Totó realmente não foi um jogador de carreira longa de sucesso. Porém, quando teve sua grande chance, agarrou e brilhou, pois conseguiu ser artilheiro em uma Copa do Mundo realizada em seu País. Para se ter uma ideia, além do italiano, apenas o brasileiro Ademir Menezes, em 1950, o argentino Mario Kempes, em 1978, e Miroslav Klose, em 2006, também alcançaram o feito.
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